Foto: Arthur Charles

O vereador Edson Sousa (PMDB) não é mais Líder do Executivo na Câmara de Divinópolis. Ele protocolou nesta quinta-feira (24) com o prefeito Galileu Machado o pedido de abdicação da função e fez o pronunciamento na mesma tarde durante a Reunião Ordinária.

Em seu ofício de número 368, o vereador diz ter sido uma honra ter exercido esse trabalho para o Governo Municipal durante o referido período. Afirma também que se sente lisonjeado e agradecido pela confiança em ter sido o vereador selecionado para representar a administração sobretudo em um ano difícil para a população, especialmente no que se refere as questões sociais, políticas e financeiras.

“Agradeço ao senhor prefeito, o convite, agradeço ao senhor prefeito o gesto carinhoso de tentar ser a voz, o olhar e o ouvido do executivo aqui dentro. Mas eu não fui isso. A minha alma ficou esquizofrênica do sentido clássico. E entre um partido e entre o governo, eu fico com a minha consciência. Não tenho medo de ameaça, não tenho medo de grito nem de berro. Volto a partir de terça, livre. Volto livre para falar, sonhar, debater e gritar. Se gritar vai ter grito. Se tiver prepotência, vai ter prepotência. Eu cheguei ao meu limite. A primeira pessoa nessa casa é a linguagem mal usada “eu, eu, eu”. O “nós” aqui ninguém fala”, afirmou.

A saída de Edson da liderança do governo deixa ainda mais clara o racha do partido. O parlamentar e o colega de legenda, Dr. Delano travaram uma “guerra” contra o presidente da Câmara, Adair Otaviano (PMDB). A relação estremecida tem ganhado mais espaço nas últimas reuniões e refletido na atuação de Edson como líder.

Em votações de projetos encaminhados pelo Executivo, ao invés de ser a “voz” do governo, ou em outras palavras, o elo entre os poderes, ele tem assumido papel de oposição. A postura é devido a uma rixa com o presidente que perdura desde a eleição da Mesa Diretora. Ao invés de se ver discussões sobre ideias e projetos, o plenário tornou-se um ringue de picuinhas.

Ameaça

Delano não chegou a tanto. Como líder do PMDB afirmou que não deixará a função por ser um líder nato, o vereador mais votado.

“Mas enquanto eu estiver na liderança, a prepotência, a arrogância, a falta de educação não representa o partido”.

Delano e Edson ameaçaram a deixarem o partido, mas até agora não confirmaram.