Eduardo disse que comissionados não custeiam a guarda (Foto: Arquivo)

Amanda Quintiliano

A revisão salarial concedida pelo presidente da Câmara de Divinópolis, Adair Otaviano (PMDB) aos servidores provocou reação no vereador, Eduardo Print Jr (SD). O parlamentar não poupou críticas ao prefeito, Galileu Machado (PMDB). Na contramão da decisão do colega de partido, ele irá conceder apenas 4% parcelados ao longo do ano.

Otaviano autorizou o pagamento de 7,86%, referente ao Gatilho Salarial. O índice será aplicado retroativo a junho. A medida beneficia os servidores do legislativo. Print Jr. teceu elogios a Adair.

“Quero parabenizar o presidente que concedeu o reajuste referente ao IPCA, por ter honrado a lei”, enfatizou.

A crítica foi a Galileu porque os servidores da prefeitura receberam 2% referentes a junho e outros 2% ficaram para dezembro. A justificativa é a crise financeira. Quando houve a negociação com a categoria o município estava sob decreto de calamidade financeira.

Explicação justa

Na reunião ordinária desta terça-feira (08), Print Jr. cobrou uma resposta de Machado e o desafiou. Disse que se não há dinheiro para arcar com o índice previsto em lei que mande um novo projeto revogando-a.

“Não quero fazer picuinha ou jogo de interesse. Parabenizo o presidente desta Casa que cumpriu a lei. Se não é para cumprir que mande um projeto revogando”, desafiou.

A diferença da revisão entre os dois poderes recaiu sobre os parlamentares. Servidores da prefeitura começaram a cobrar explicações.

“Nos deixa em situação complicada. Qual a defesa que teremos? Eu busco resposta”, afirmou Print Jr. falando em explicação justa.

“Porque a discrepância e porque não reduzir o número de comissionados para fazer valer o índice que está na lei?”, disparou perguntas ao prefeito.

Ao descumprir a lei, segundo o vereador, Galileu “está cometendo crime de responsabilidade sujeito a julgamento do judiciário. A desobediência pode gerar punição, pena e até detenção de três meses a três anos”.