“Nesta crise em que estamos, será que o comerciante suportaria mais uma vez ter o seu comércio fechado”, declarou
O vereador de Divinópolis Eduardo Azevedo (PSC) rebateu a declaração da vereadora Lohanna França (Cidadania) que propôs o “fechamento da cidade” como forma de conter o avanço da COVID-19. A afirmação foi feita durante a reunião ordinária desta terça-feira (09/03). Ele disse que “o comércio não é o vilão”.
Azevedo afirmou inconformado: “O comércio não suporta mais. Isso me preocupa. Me preocupa porque são pais e mães de família que precisam sair para poder trabalhar e garantir o sustento de sua família. Nesta crise em que estamos, será que o comerciante suportaria mais uma vez ter o seu comércio fechado?”
O vereador defendeu que a culpa da situação atual é da intransigência de pessoas irresponsáveis, que promovem festas clandestinas e aglomerações de pessoas. Afirmou que “medidas drásticas precisam ser tomadas contra quem realmente está fazendo com o vírus prolifere, não com eles (os comerciantes)”.
Além isso, o parlamentar lembrou que a remuneração dos vereadores é garantida por causa do trabalho das pessoas nas atividades comerciais. Afirmou que “eles lutam a cada dia para poder garantir que essa Casa (a Câmara Municipal) e todo o sistema dessa cidade fique aberto”.
A declaração da vereadora foi feita ao relatar a situação de superlotação do hospital de campanha. Ela esteve vistoriando a unidade.
“Recomendo que todo mundo que duvide vá (…) É ruim, mas vai ter que fechar. Qualquer pai aí, se seu filho precisar de UTI capaz de não ter”, alertou.
O risco de colapso do sistema também foi alertado pelo vereador Israel da Farmácia.
“Se chegar alguém hoje lá e amanhã não temos espaço para internar na UPA. Precisamos tomar uma decisão. Uma ação rápida para que isso não aconteça. Para que não tenha óbito. Vamos chamar o conselho de saúde, o da pandemia. Reunir e ver o que pode ser feito. Estamos com lotação máxima na UPA, no São João de Deus”, afirmou em pronunciamento na reunião da câmara de hoje.