Ontem a Educação aderiu ao movimento (Foto: Divulgação)

A greve dos servidores municipais de Divinópolis ganhou reforço nesta segunda-feira (04) com a adesão da educação. Ao longo do dia a categoria estará reunida na porta da prefeitura pedindo a reposição salarial de 11,27%. A exemplo da semana passada a pista foi interditada parcialmente entre a Avenida Primeiro de Junho a Getúlio Vargas.

A expectativa do Sindicato dos Trabalhadores Municipais (Sintram) é de a comissão de greve se reunir ainda hoje, às 16h, com o prefeito Vladimir Azevedo (PSDB). A reunião foi pré-agendada na última sexta-feira (01) com o Conselho de Acompanhamento Administrativo e Financeiro (CAAF), mas ainda está confirmada.

Foto: Divulgação

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“Enquanto o prefeito não sentar com a categoria, olhar nos olhos e dar o reajuste a greve irá continuar”, afirmou a presidente do Sintram, Luciana Santos ao se pronunciar no trio.

Ainda não há um balanço de quantas pessoas estão participando do ato na manhã desta segunda. De acordo com o balanço divulgado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Divinópolis (Sintemmd), as 32 escolas municipais não estão funcionando. Já dos 18 Centros Municipais de Educação Infantil (Cemeis), 15 estão abertos, mas sem aulas e três funcionando normalmente.

“Estamos aqui para conseguir a reposição salarial e respeito, principalmente com os professores para que possamos trabalhar com dignidade. Essa reposição é obrigação do prefeito, pois ele fez um compromisso com os servidores”, comentou a professora, Carma Aparecida Tavares.

Os números ainda não foram confirmados pela Secretaria Municipal de Educação (Semed).

Também aderiram ao protesto os servidores das secretarias de Trânsito e Transporte; Saúde; Obras. Servidores do setor de protocolo também estão em greve. Na semana passada, a prefeitura divulgou que a adesão não havia chegado a 90%, já o Sintram falava em mais de 60%. Nos serviços essenciais como, unidade de saúde, estão sendo mantidos 30% das equipes.

Sem dinheiro

Em nota emitida na sexta-feira (01), a Prefeitura disse que os servidores pediram 20% de reajuste, sendo 12% de reposição de inflação e 8% de aumento real, além de 200% de aumento no ticket refeição. Afirmou ainda, que eles não tiveram flexibilidade na pauta e que isso geraria impacto de R$ 50 milhões na folha de pagamento.

Em nota, o município também disse que, sem flexibilidade, irá acionar a justiça para barrar a greve e garantir à população o acesso ao serviço público. Em notas anteriores, a prefeitura ainda disse que conceder o reajuste poderia refletir nos serviços essenciais e até em atraso no pagamento ou escalonamento.