“Ações, como doações, tentam maximizar a qualidade, embora saibamos de quem é a responsabilidade”
Ações individuais das escolas públicas para ampliar os caixas são realidades, sejam elas municipais ou estaduais. E não ocorrem de hoje. Diante do investimento tímido dos órgãos públicos e o desmonte da educação não há como condenar a direção.
São ajudas pequenas, feitas pela comunidade, pais de alunos, amigos e familiares, numa tentativa de maximizar a qualidade do ensino, mesmo que saibamos a quem cabe essa responsabilidade.
Embora arquivada, a CPI da Educação apenas explicitou o mau uso do dinheiro público na educação.
Mesmo com justificativas que tratam o “play ball” como recurso pedagógico eficiente, a verdade é que o dinheiro empregado (R$ 1,2 milhão) poderia ter tido outra finalidade que atendesse melhor a realidade das instituições locais.
Pergunte aos pais de um aluno que estuda em uma escola municipal – onde foram instalados não um, mas dois ou até quatro play balls – quantas e quais atividades foram desenvolvidas com o brinquedo.
Talvez, seja até verdade, todo o recurso que o aparelho proporciona com funções “recreativas e pedagógicas”. Mas, no mínimo, é preciso observar, que houve “descuido” com a verba pública – diante das demandas e urgências de cada escola.
Desta forma, no fim, não houve investimento. É dinheiro jogado no ralo.
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A crítica não é sobre o valor aplicado nas instituições de ensino – ELE É ESSENCIAL e poderia ser até maior – mas sobre como foi empregado. Não adianta ser o “maior investimento da história”, se mal gerido e fora da realidade individual de cada escola.
Será que se houvesse economizado com alguns “play balls” o dinheiro poderia ser revertido, por exemplo, para a compra destes brinquedos pedidos pelas escolas municipais Professora Evelina Greco e Antônio Pio da Silva?
Em resumo: “a pressa é inimiga da perfeição”.
E sabemos que a responsabilidade ultrapassa os limites da secretaria de Educação. A hierarquia é de cima para baixo.