Nasceram menos crianças do sexo feminino em 2014 (Foto: Divulgação/PMD)

A Vigilância Epidemiológica, setor da Diretoria de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Divinópolis (Semusa), divulgou nesta quinta-feira (18) um estudo referentes às características dos nascidos vivos em Divinópolis.  A base deste estudo foi extraída do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos-SINASC. Criado pelo Ministério da Saúde no ano de 1990 este sistema está implantado em Divinópolis desde 1994. Os dados utilizados foram retirados das DN’s (Declarações de Nascidos Vivos) que são fornecidas pelos hospitais quando do nascimento das crianças.

Em 2014, nasceram no município 2.699 crianças. Destes partos, 99.85% foram realizados em ambiente hospitalar. A maioria dos recém-nascidos foi do sexo masculino: 52,17%.

As informações sobre nascidos vivos divulgados pela Vigilância Epidemiológica da Semusa revelam outros pontos. A proporção de mães adolescentes foi de 9,96%, enquanto houve um predomínio de nascimentos entre mães com idade de 20 a 39 anos. O que representou 85,55%.

Nasceram menos crianças do sexo feminino em 2014 (Foto: Divulgação/PMD)

Nasceram menos crianças do sexo feminino em 2014 (Foto: Divulgação/PMD)

O percentual de mulheres que realizaram sete ou mais consultas de pré-natal foi de 76,58%. O Ministério da Saúde define como pré-natal adequado a realização de seis ou mais consultas.

Quanto à duração da gestação, observou-se que 87,07% das crianças nasceram com 37 semanas ou mais, e o percentual de prematuros chegou a 11,97%. O percentual de baixo peso ao nascer (menor que 2500 gramas), que segundo a Organização Mundial de Saúde, é um dos principais fatores de risco para a mortalidade infantil, representou 8,89% dos nascimentos.

O estudo aponta, ainda, que o maior índice, em relação à escolaridade da mãe, foi na faixa de 8 a 11 anos de estudo, o que representou 54,43%.

Cesárea

Os bebês nasceram mais por meio de cesária (Foto: Divulgação/PMD)

Os bebês nasceram mais por meio de cesária (Foto: Divulgação/PMD)

Quando o tema avaliado foi o tipo de parto, o estudo da Vigilância Epidemiológica da Semusa revelou que, em 2014, as cesáreas corresponderam 66,21% dos partos. Percentual considerado elevado pelo Ministério da Saúde (35% para o Estado de Minas Gerais) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A recomendação da OMS é que somente 15% dos partos sejam realizados por cesariana.

Em Divinópolis, o estudo da Vigilância Epidemiológica da Semusa apontou que a taxa de mortalidade entre recém-nascidos é de 7,9 por mil nascidos vivos (dados para 2013). De forma geral, as mortes foram relacionadas, principalmente, às doenças originadas no período perinatal (48%) e às anomalias congênitas (24%). A taxa de Minas Gerais é 12,1/1000 e a do Brasil de 13,4/1000 nascidos vivos.