Se até bem pouco tempo atrás as empresas competiam por preço e pela qualidade (e estavam circunscritas à uma região ou país), agora elevam o patamar da competitividade a empreendimentos em escala mundial.

una

O mundo dos negócios tem cada vez mais absorvido o impacto da globalização não somente na criação de novos produtos e serviços, mas também em novas relações entre consumidores e instituições. Se até bem pouco tempo atrás as empresas competiam por preço e pela qualidade (e estavam circunscritas à uma região ou país), agora elevam o patamar da competitividade a empreendimentos em escala mundial. Nesse contexto, duas palavras adquirem significado especial para a construção do futuro: empreendedorismo e inovação.

Estas duas palavras representam a diferença entre o trivial e o surpreendente, entre comum e o notável, entre custo e valor. Ambas detêm a chave para o crescimento contínuo de empresas e representam também oportunidades para indivíduos capazes de edificar uma vida de sucesso e realização. Os termos empreendedorismo e inovação representam também a chave para a competitividade entre países, como afirmam dados do Global Entrepreunership Monitor (GEM) .

Segundo o  GEM, o Brasil juntamente com a África do Sul, Argentina, Bósnia, China, Croácia, Equador  figura-se no grupo intermediário formado pelos “impulsionados pela eficiência”.

Além disso, o nosso país configura-se como player influente entre os países impulsionados pela eficiência, mas com importantes vantagens competitivas a serem exploradas. Somos reconhecidos e referenciados mundialmente pelas grandes festas e eventos como o carnaval. Somos mundialmente reconhecidos pelo futebol e pela qualidade de nossos atletas em times de todo mundo. Mas quantos destes atributos contribuem, efetivamente, para a ampliação de nosso superávit na balança comercial? Quantos deles estão sendo trabalhados por empreendedores e revertendo esta imagem brasileira em produtos e serviços inovadores que possam ganhar o mundo?

Transladar ao time das nações mais inovadoras parece ser o desafio para as próximas gerações, especialmente se quisermos alçar voo em nossa balança comercial. Para tanto, necessitaremos de uma mudança de mentalidade, passando de um estado contemplativo (ou copiativo) frente às oportunidades de negócios, para um estado ativo, construtivo e pioneiro. Teremos que observar o diferente com familiaridade, o desconhecido com interesse, o complexo como desafio.

Assim sendo, podemos dizer que essa forma de ver o mundo está bem alinhada com as demandas do novo século, tempo repleto de desafios frente às constantes e rápidas transformações.

Se antes uma posição geográfica era suficiente para garantir uma reserva de mercado, desde alguns anos, com a consolidação da internet, das redes sociais e de novas tecnologias, os consumidores estão a um clique do que acontece em todo o mundo. Vivemos numa “era da conectividade” que deve impactar ainda mais na forma como pensamos as relações comerciais. O futuro espera ansiosamente por pessoas de iniciativa e por instituições que estejam dispostas a revisar seus conceitos sobre tudo.

Nesse sentido, temos a missão de migrar de um modelo mental baseado na produção e comercialização de bens comuns e sem diferenciação, para efetuarmos uma transição para um país empreendedor, com uma economia baseada em ofertas de alto valor agregado, consequência de uma cultura de inovação. Somente assim conseguiremos fixar nossa posição entre os países mais inovadores e, consequentemente, mais competitivos.