Usada para fragmentação de rochas, ela produz menos barulho e vibração, evitando o risco de ultralançamento
Uma empresa de Santo Antônio do Monte (Samonte), no Centro-Oeste de Minas, está viabilizando a realização de obras de construção civil e infraestrutura em diversas partes do país com uma tecnologia alternativa aos explosivos. Ela é usada para fragmentação de rochas e produz menos barulho e vibração. Assim, evitando o risco de ultralançamento, comum em explosões.
As operações se concentram em obras de infraestrutura urbana, abrangendo desde a terraplanagem e remoção de rochas até a construção de estradas, instalações de redes elétricas e de saneamento, incluindo túneis e demolições.
Com fabricação em Santo Antonio do Monte, a tecnologia do Rompex funciona por meio de uma solução química de baixa velocidade. Ela, então, realiza o desmonte controlado das rochas, produzindo níveis de ruído, bem como, vibração muito inferiores às exigências das normas brasileiras. Desta forma, proporcionando mais segurança e conforto a quem mora ou transita pelos arredores da obra.
Mais segurança
“Para o mercado da construção, isso representa a possibilidade de realizar obras em locais de grande movimentação de pessoas e/ou veículos com mais segurança e menor burocracia, uma vez que dispensa as autorizações obrigatórias aos explosivos”, explica o diretor do Rompex, Renato Rodrigues. Com um explosivo tradicional, como a dinamite, as exigências passam por uma série de licenças, como a autorização do exército, e regulamentações para transporte, armazenagem, comércio e aplicação.
Classificado como um sólido químico, conforme a emprea, a tecnologia elimina todas essas etapas possibilitando a aplicação por uma equipe treinada especificamente para essa finalidade. A tecnologia também proporciona economia com operação de segurança patrimonial. Isso porque pode utiliza-la para explosões de caixas eletrônicos, por exemplo, não tendo, portanto, valor comercial para o crime organizado.
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Funcionamento da tecnologia alternativa a explosivos
Junto com um acendedor elétrico, coloca-se acápsula em um furo na rocha. Os fios desse acendedor são então conectados a um cabo de energia, ligado a um equipamento eletrônico responsável por disparar uma carga elétrica. A chama que resulta do processo de queima do composto dentro da cápsula gera gases que, por meio de pressão, fragmentam a rocha.