Hipótese de crime ambiental foi descartada, mas local era proibido para o despejo do material; Boletim de ocorrência foi feito pela PM
A empresa flagrada despejando concreto na região da Lagoa do Sidil, em Divinópolis, retirou todo o dejeto ainda nesta quinta (24). A informação foi confirmada pela Polícia Militar de Meio Ambiente ao PORTAL CENTRO-OESTE, nesta sexta (25).
Quando os militares chegaram ao local para verificar a denúncia, na tarde de quinta (24), funcionários da empresa já estavam no local.
“Eles alegaram aos militares que a bomba do caminhão estava entupindo e precisavam lavar a parte que estava com problema. Então pararam por lá e despejaram os restos de concreto no local”, disse o sargento ao PORTAL.
Crime ambiental?
A PM explicou que não houve crime ambiental nem dano ou degradação, pois o descarte, segundo o órgão, foi bem próximo a uma extensão de uma calçada e a distância entre o local e a lagoa era maior do que 30 metros, que é o permitido de área de preservação permanente.
Mas, mesmo assim, o despejo foi irregular, dentro das diretrizes do Código de Postura do Município, que determina a proibição de descarte de concreto, lixo, restos de entulho e também a incineração dos materiais.
“Então fizemos um boletim de ocorrência, informando essa situação e encaminhamos cópias ao Ministério Público e à Prefeitura. A empresa não foi multada, somente foi orientada a quando acontecer isso, não procurar locais próximos de rio, lagoas, de áreas de preservação ambiental”, finalizou Sargento André.
A empresa
Ao longo desta quinta reportagem do PORTAL tentou contato com representantes da empresa. Nesta sexta (25) voltarmos a buscar uma posição e o gerente alegou que o material foi descartado em uma calçada que fica a 100 metros da lagoa.
Ele ainda disse que o material descartado foi devido a uma emergência para limpar a saída do material e que em obras, a empresa possui locais adequados para o descarte.