Amanda Quintiliano
Os enfermeiros da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Divinópolis sinalizam um indicativo de greve. A informação foi confirmada pelo sindicato da categoria ao PORTAL nesta terça-feira (05).
A decisão está relacionada à suspensão parcial dos atendimentos adotada pelos médicos e a uma série de questões ligadas à condição de trabalho. Segundo o sindicato, há excesso de demanda de trabalho, falta de segurança para quem atua na linha de frente, falta de medicamentos e aparelhagem inadequada.
Antes de oficializar a greve, representantes do sindicato irão se reunir nesta quarta-feira (06) com o secretário municipal de Saúde, Rogério Barbiere. Se as reivindicações não forem atendidas a situação será apresentada aos profissionais que irão definir os próximos passos do movimento que inclui o risco iminente de greve.
“O trabalhador quer segurança para trabalhar dentro da UPA, para dar assistência dentro do ambiente com medicamentos e aparelhagem adequados. Uma série de situações”, afirma o presidente do sindicato, Anderson Rodrigues.
O Conselho Estadual de Saúde também será comunicado sobre os problemas da UPA. Segundo o presidente do sindicato, ele tem acompanhado há alguns meses a situação da unidade.
Conselho
Os profissionais da UPA têm apoiado o ato dos médicos contratados pela Santa Casa de Formiga. Isso fez com que o Conselho Municipal de Saúde provocasse o Ministério Público.
“O profissional que está com o pagamento em dia não pode negar atendimento ao paciente da UPA independente da cor da pulseira determinada pelo protocolo de Manchester”, consta no ofício assinado pelo presidente do conselho, Warlon Carlos Elias.
O conselho ainda questiona a legalidade da paralisação dos médicos. Afirma que apesar dos profissionais com salários atrasados terem direito de manifestar, a população não pode ficar prejudicada.
No ofício direcionado ao promotor, Ubiratan Domingues, o conselho ainda pede para saber qual é o sindicato que está assinado a greve.