Diretora do SidUTE, Maria Catarina Laborê (Foto: Diego Henrique)

Diego Henrique 

Em comemoração aos 128 anos da assinatura da Lei Áurea que extinguiu a escravidão no Brasil e do dia Nacional de Denúncia e Luta contra o Racismo, a Escola Estadual Antônio da Costa Pereira irá promover nesta sexta-feira (13) de 8h as 11h uma palestra que irá abordar o tema.

De acordo com a diretora do Sindicado Único dos Trabalhadores em Educação (SindiUTE) de Divinópolis, Maria Catarina Laborê, apesar da abolição da escravatura no Brasil e de todas as leis que garantem o direito dos negros, muitos estudantes ainda enfrentam o preconceito, as vezes dentro da própria sala de aula.

Diretora do SidUTE, Maria Catarina Laborê (Foto: Diego Henrique)

Diretora do SidUTE, Maria Catarina Laborê (Foto: Diego Henrique)

“O momento será propício para que a realidade seja abordada entre os estudantes que sofrem algum tipo de preconceito. Ainda é comum pais nos procurarem para relatar que os filhos não querem ir à escola por serem motivo de chacota dos colegas. O cabelo e a cor da pele ainda é motivo de racismo,” disse.

A intenção é formar uma mesa redonda para que os alunos possam discutir o tema e apresentar propostas que serão protocoladas na Câmara Municipal de Vereadores.

“Se não for pelo viés da educação, a sociedade nunca entendera de fato a real história do negro, por isso, após discussão com a comunidade escolar, uma pauta com propostas e indicações dos alunos, será levada para o poder legislativo para que possamos alcançar respostas, principalmente da comissão de direitos humanos e da educação para que juntos possamos encontrar formas de distinguir e combater esse mal,” afirmou.

Além da palestra, a diretora do SindUTE irá percorrer as ruas de Divinópolis entre os dias 16 e 20 para conversar com a população sobre o tema que de acordo com ela, ainda é muito pouco debatido.

“O caminho é o debate aberto para que a realidade possa ser exposta. A crítica é tão grande que atualmente a juventude não quer se assumir, assumir sua identidade, nem mesmo seu próprio cabelo. Isso preocupa e a conscientização é que irá mudar essa realidade,” disse.