Governo paga parcelas para os educadores da rede estadual, porém, servidores e sindicato permanecem em alerta

Marcelo Lopes

A greve dos profissionais da rede estadual de educação finalizaram a greve nesta quarta-feira (27). A categoria reivindicava o pagamento dos salários do funcionalismo público na área, por parte do Governo do Estado.

De acordo com a diretora da Subsede do Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação em Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Maria Catarina Laboré, os educadores souberam, durante o ato realizado na Praça da Catedral, na última segunda (25), da notícia de que o Governo de Minas havia depositado os complementos da primeira e segunda parcela dos pagamentos.

“Não foi além, mas pelo menos deu um passo para que não tivesse problema na segunda chamada. A primeira seria dia 13, que não caiu e a seguinte seria no dia 25. Na segunda-feira​, o Estado depositou os complementos da primeira chamada e já depositou, de forma integral, a segunda, de forma que, no dia 29, fecha o compromisso do Governo para este mês”, disse Catarina ao PORTAL.

Fim dos atos

Ainda segundo Catarina, a greve teve fim no dia seguinte (26), em uma avaliação da categoria após a confirmação do pagamento. Apesar do cumprimento do acordo do Estado para este mês, o sinal de alerta com as escolas de Divinópolis continua ligado.

“Nós vamos manter o alerta para todos os meses, inclusive agora, para julho. Se a parcela não cair no quinto dia útil, que é a nossa luta, desde o ano passado, nós, novamente, iremos nos mobilizar”, afirmou.

Dificuldades, retorno e reposição das aulas

Segundo o encaminhamento do Sind-UTE em Divinópolis, as escolas estavam autorizadas a retornarem as atividades nesta quarta (27), mas Catarina relatou que no dia anterior, algumas unidades já voltaram ao funcionamento

“Na terça-feira a tarde, fazendo a chamada das escolas, para acompanhar o andamento, vários companheiros não acataram o que foi determinado na assembléia e já haviam voltado. Então ontem começaram a funcionar normalmente as escolas”, disse.

Catarina relatou que as dificuldades são presentes em um ano atípico, no qual o calendário escolar se iniciou de forma tardia. Com o fim da greve, o ano letivo, que já estava apertado, irá obter um maior comprometimento.

“Os sábados estão todos comprometidos e corre o risco de escolas que estão mobilizadas desde o início do ano nas nossas ações, não terem espaço no calendário escolar para repor essa carga horária. O Governo também colocou que devem ser repostos aqueles dias da greve dos caminhoneiros, que não teve nada a ver com a gente. Então o cerco já vai se fechando e algumas escolas já estão preocupadas”, finalizou.