Uma tenda será montada na região central com prestação de serviços (Foto: Divulgação)

Diego Henrique

Várias unidades da Estratégia Saúde da Família (ESF) em Divinópolis estão sem tiras para teste de glicemia. O material é usado por pacientes que fazem controle de diabetes. Em algumas unidades o produto está em falta há cerca de um mês. A unidade do bairro São Paulo precisou suspender um trabalho de controle de diabetes pela falta do material.

ESF Ermida está há um mês sem o material em estoque (Foto: Diego Henrique)

ESF Ermida está há um mês sem o material em estoque (Foto: Diego Henrique)

O aposentado Luíz José, que mora em Santo Antônio dos Campos (Ermida) sofre com a doença há cerca de 20 anos. Há dois anos ele faz acompanhamento na ESF Ermida, porém há um mês a unidade não disponibiliza o material devido à falta no estoque

“Esta semana eu estive na unidade e peguei a receita só que me disseram que não tem a fita e que é preciso aguardar. Eu posso aguardar, mas infelizmente a minha doença não. Sem a fita não tenho controle de como está o nível de glicose no meu sangue, sem saber o nível não posso tomar a insulina, o que pode complicar a minha saúde”, contou o aposentado.

As tiras adquiridas em farmácias particulares podem variar entre R$ 39,90 a R$ 144, dependendo do modelo do aparelho usado pelo paciente.

ESF

O PORTAL entrou em contato com sete ESF de Divinópolis: Ermida, Nova Holanda, Jardinópolis, Primavera, Planalto, Serra Verde e São Paulo. Em quatro delas já não há estoque do material, nas outras três unidades ainda é possível encontrar as tiras, porém de forma racionada para que os casos de urgência possam ser atendidos.

Segundo a funcionária do ESF São Paulo, que preferiu não se identificar, um trabalho que estava sendo desenvolvido com pacientes que sofrem com diabetes, precisou ser suspenso devido à falta do material.

Essa não é a primeira vez em que falta o produto nas unidades de Divinópolis. Em abril deste ano, 152 municípios do estado estavam com o fornecimento das tiras interrompidos devido à dificuldade no processo de compra que se arrastava desde 2014, quando os pré-requisitos legais para a conclusão do processo de aquisição por meio de licitação não foram alcançados.

Superintendência

A reportagem entrou em contato com a Superintendência Regional de Saúde, porém até o fechamento da matéria a superintendência não manifestou sobre o assunto.