“Estou aqui para ajudar as pessoas. Não estou aqui para atrapalhar”, afirma
O vereador de Divinópolis (MG) Diego Espino (PSC) negou que tenha ameaçado de morte, constrangido ou intimidado o cidadão que protocolou pedido de cassação de mandato contra ele por quebra de decoro parlamentar. Espino afirmou que está sendo “injustiçado” e que levará o caso à justiça.
A admissibilidade da denúncia de Infração Político-administrativa feita por Junio Cesar Oliveira, morador de São Gotardo, será votada às 14h na terça-feira (11/4).
“Enviei mensagem, mas não era isso. Tenho aqui e vou mostrar na justiça. Você acha que eu seria burro de enviar isso por telefone? Para que eu ia fazer isso? Estou aqui para ajudar as pessoas. Não estou aqui para atrapalhar a vida de ninguém”, argumentou.
A discussão começou a partir de um vídeo postado pelo vereador contra o decreto da prefeita de São Gotardo Denise Abadia Pereira de Oliveira. A norma restringia o horário de funcionamento do comércio, segundo a denúncia, devido ao aumento de ocorrências policiais.
Segundo Espino, os comerciantes ficaram do lado dele. Na segunda-feira após a publicação do vídeo, a medida foi derrubada pelos vereadores da cidade. O parlamentar afirmou que “queria apenas ajudar”.
Já o denunciante foi a favor da prefeita e alegou que as restrições não causariam muitas mudanças. Junio alega que o parlamentar tentou intimida-lo e também enviou um vídeo onde uma pessoa aparece sendo morta.
Os prints da conversa foram anexados à denúncia. O vídeo teria sido enviado em modo temporário.
Votação
Espino preferiu não arriscar um resultado de terça-feira. Entretanto confidenciou que há pressão para derruba-lo.
“Tem pressão da suplência e amigos do suplente. Fica todo mundo querendo a cadeira. A pessoa deveria fazer igual eu fiz, candidatar não gastar dinheiro público, ser eleito e representar uma cidade. Ficam doidos para me tirar porque estou fazendo uma política justa, diferente”, disse.
O suplente é o advogado Eduardo Augusto. Ele foi convocado para a reunião de terça-feira.
Esse é o segundo pedido de cassação de mandato enfrentado pelo vereador. Na primeira denúncia, o suplente votou pela admissibilidade. Já na campanha eleitoral do ano passado, quando, inicialmente o vereador seria candidato a deputado federal, Eduardo declarou apoio a ele.