Governo novo, velhos gargalos. Quem esperava ver a duplicação da MG-050, entre Divinópolis e Itaúna, ainda no ano passado, continua sentado, esperando. Apesar da homologação da empresa vencedora em outubro de 2014, as obras não foram iniciadas, e, nem há previsão. A informação é da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop).
O licitante vencedor da obra de duplicação do trecho de Mateus Leme – Divinópolis, da MG-050 (que inclui o de Itaúna a Divinópolis), objeto do edital DER 004/14, foi o Consórcio Servix – Vilasa, conforme homologação publicada no Minas Gerais do dia 01 de agosto do ano passado. O investimento inicial previsto é de R$ 281.305.550,71. Todo o montante será desembolsado pelo Estado.
Por meio de nota, a Setop apenas informou que “a atual gestão do Governo de Minas Gerais está avaliando esta e diversas outras obras que não foram executadas pela gestão anterior, para verificar a viabilidade da execução dos trabalhos”. Questionado o motivo do atraso, a Secretaria não respondeu. Mas, na linha das demais paralisações em Minas, o principalmente motivo é a falta de recursos.
Rodovia da Morte
Enquanto a duplicação não deixa o papel, a MG-050 é classificada como “rodovia da morte” pelo próprio governo estadual. A estrada, que liga a Região Metropolitana de Belo Horizonte a São Sebastião do Paraíso, na divisa com o Estado de São Paulo, teve entre 2013 e 2014 110 vítimas fatais. O que chama a atenção é a “forte concentração” de acidentes no trecho que atravessa Divinópolis.
Essas constatações fazem parte do Diagnóstico de Acidentes de Trânsito – Minas Gerais, produzido pela Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), por meio do Centro Integrado de Informações de Defesa Social (Cinds), vinculado à Subsecretaria de Promoção da Qualidade e Integração do Sistema de Defesa Social (Supid).