A assinatura de um novo convênio para liberar R$ 20 mil para a conclusão do Hospital Público Regional em Divinópolis não tem previsão para ocorrer. Por meio de nota, a Superintendência Regional de Saúde (SRS) informou ao PORTAL que não há nenhum outro convênio celebrado, além dos dois já divulgados ou a ser celebrado. Existe, atualmente, o 230/2009 e 116/2013, de R$ 36 milhões e R$ 42,9 milhões respectivamente.
Entretanto, os R$ 79 milhões não serão suficientes. Além dos R$ 64 milhões já repassados para a obra e os R$ 15 milhões restantes, serão necessários mais R$ 20 milhões. Estes últimos dois valores (R$ 15 milhões e R$ 20 milhões) somam os R$ 35 milhões previstos no novo edital para a conclusão da construção. O documento foi lançado nesta terça-feira (29) pelo prefeito, Vladimir Azevedo (PSDB).
Crime
O deputado federal, Domingos Sávio (PSDB) classificou como “crime” e “perseguição” a paralisação dos repasses para a obra por parte do governo estadual. Afirmou que o governador, Fernando Pimentel (PT) está tratando o empreendimento como uma “obra do PSDB”.
“Isso, além de ser uma ignorância política, revoltante, acaba sendo crime contra o dinheiro público. Essa obra é do povo, não é de um partido político, não pode ser tratada de maneira mesquinha. Ela é extremante necessária. As pessoas estão morrendo por falta de leitos, de UTI”, afirmou.
O tucano destacou o fato de a região ainda não ter nenhum hospital 100% público. Ele mencionou ainda a crise do São João de Deus. A unidade é filantrópico e atende pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e saúde complementar.
A obra milionária gastará no mínimo mais dois anos (Foto: Amanda Quintiliano)
“Precisamos salvar sim este hospital [São João de Deus], mas ele continuará não sendo um hospital público, estará sujeito a outras crises. Por tanto é fundamental que a gente conclua este hospital público e coloque em funcionamento”, completou e disparou mais críticas contra o governador.
“Fernando Pimentel depois que entrou cortou o repasse de recursos, temos uma obra extremamente importante e parada por perseguição política e isso é um crime contra o povo da região”.
Caravana
Os prefeitos da região deverão se mobilizar. A proposta é fazer uma caravana para a Cidade Administrativa, em Belo Horizonte.
“Serão necessários mais 2 anos para concluir essa obra e se não fizermos pressão serão mais 3, 4 anos”, afirmou o prefeito de Cláudio, José Rodrigues.
Caso não consigam uma agenda com o governador, vice-governador Antonio Andrade ou com o secretário de Estado de Saúde, Sávio Cruz, os gestores estão dispostos a se concentrarem na porta da Cidade Administrativa.
“Se for preciso a gente fica na porta da Cidade Administrativa até sermos recebidos”, sugeriu o prefeito de Divinópolis, Vladimir Azevedo (PSDB).
Nesta quinta-feira (30), a obra completa seis anos em execução. A ordem de serviço foi assinada no dia 30 de junho de 2010.
