Vereador criticou obras paradas do Hospital Regional após promessa de abertura de leitos emergenciais para COVID
O vereador de Divinópolis Ademir Silva (MDB) voltou a criticar o governador Romeu Zema (Novo) nesta quinta-feira (13/5). Citando o anúncio de retomada de obras do hospital regional de Governador Valadares, no Vale do Aço, ele questionou a promessa de abrir leitos emergenciais para COVID-19 na unidade de Divinópolis, com obras iniciadas há 10 anos e paradas.
Ao criticar, acusou o governador de mentir.
“Estamos sendo enganados todos os dias por esse governador”, afirmou.
O vereador ainda insinuou que o assunto foi deixado de lado com a queda da taxa de ocupação hospitalar.
“Calou a boca, não tem mais leitos em Divinópolis. Agora fico preocupado novamente, hoje, pelo o que me mostraram aqui, estamos com 87% de ocupação dos leitos na nossa cidade”, afirmou, prevendo agravamento se não houver engajamento da sociedade.
“Pode ter certeza amigos vereadores, se os divinopolitanos não colocar a vida em ordem e evitar aglomerações, não se resguardar, daqui uns dias estamos chegando a 100%. Aí vem o governador novamente”, comentou.
Ele ainda cobrou o envolvimentos do deputados com votação da cidade.
“Se os deputados que tiveram votos aqui não pegar firme com o governador, ele vai transferir isso para quando? Para nunca. Vai acabar esse mandato aqui, porque ele vai perder. Ainda vai ter a cara lavada de vir aqui e pedir votos de novo”, afirmou.
Leitos emergenciais
A abertura de leitos emergenciais é debatida desde o ano passado, porém ganhou força durante a segunda onda da doença que elevou a taxa de ocupação hospitalar, superando os 100% em março deste ano.
Na época, a Secretaria de Estado de Saúde (Ses) solicitou ao Cis-Urg Oeste, responsável pela administração do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), uma proposta para gestão. Entretanto, mesmo com a expectativa das lideranças, inclusive com previsão de assinatura do convênio, o Estado, em nenhum momento confirmou a instalação dos leitos à imprensa.
Nas notas, apenas condicionava a retomada da obra a indenização da Vale pelos danos causados pelo rompimento da barragem em Brumadinho e aprovação do projeto na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).