Júlia Sbampato
Após quatro reuniões ordinárias com a tribuna livre “esquecida” pelos cidadãos de Divinópolis que tinham feito inscrição, nesta quinta-feira (26) foi vez do presidente do Diretório Acadêmico da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg), Samuel José Santiago trazer um assunto importante para a educação. A cidade atualmente conta com três instituições públicas de ensino e sofre da falta de incentivo do Governo.
Samuel coloca em sua fala que hoje a Uemg é um grande presente para Divinópolis, entretanto encontra-se sucateada e os três mil estudantes que estão matriculados precisam de auxilio da Prefeitura para que possam continuar com seus trabalhos.
Além da Uemg, a cidade conta com a Universidade Federal de São João Del Rey (UFSJ) Campus Dona Lindu e com o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet0, mas ainda não é tratada como cidade universitária, e os estudantes não desfrutam de nenhum benefício para ajuda nos estudos.
Os alunos da Uemg, segundo Samuel, realizam hoje com maestria os estágios para quais são designados, mas às vezes por se tratar de trabalhos voluntários, precisam desembolsar até R$16 por dia para o transporte, principalmente para locais mais afastados. Devido esse alto custo, muitas vezes acabam por ficar até mesmo sem dinheiro para o almoço.
“Os estudantes atuais dessas instituições serão os profissionais capacitados no futuro, tanto na área de saúde, de engenharia ou nos campos sociais. Por isso precisam de um auxílio para que possam continuar exercendo seu trabalho, e não acabem por desistir do curso”, afirmou.
A Uemg garante que 50% das vagas sejam de Divinópolis, e esse capital intelectual volta à cidade em forma de profissionais competentes e dispostos a fazer a diferença.Hoje, como representante, Samuel pede dos representantes que pensem em medidas, de forma a auxiliar para que os estudantes permaneçam na cidade.
“Os estudantes estão dispostos a fazer a diferença na nossa cidade, e a minha fala aqui nessa tarde de hoje é nesse sentido. Eu gostaria de convidar vocês a pensarem em medidas que a prefeitura possa auxiliar e facilitar para que esses estudantes continuem aqui”
Ele cita exemplos que poderiam ser seguidos, como, por exemplo na Prefeitura de Montes Claros, que criou uma escola de aplicação de estágios. Nesse caso, os estudantes não cobram nem de uma bolsa auxílio, apenas que seja custeado o transporte para que possam realizar o trabalho. Outro caso também é de Itaúna, que foi aprovado o meio passe para estudantes no transporte público.
Samuel conclui que os governantes deveriam entender a universidade como um grande ganho, e que quando voltamos o olhar para a educação e investimos nessas pessoas conseguimos colher frutos.