(Foto: Reprodução)

Diego Henrique 

Um recente estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Pernambuco, constatou a presença do vírus Zika em mosquitos Culex quinquefasciatus, nome científico da muriçoca ou pernilongo doméstico. O estudo aponta que o inseto pode ser um potencial transmissor do vírus que já infectou, somente neste ano, 7.189 mineiros.

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De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), 703 casos tiveram confirmação laboratorial e 6.486 foram encerrados pelo critério clínico epidemiológico. O boletim mostrou também que 303 casos de gestantes com doença aguda causada pelo vírus Zika foram confirmados no estado.

Duas cidades do Centro-Oeste estão na lista de grávidas infectadas. Em Bom Despacho foram dois casos confirmados e em Pitangui, um caso.

Ao todo, 133 casos de microcefalia já foram notificados. Destes, 67 estão sob investigação. Um caso de infecção congênita e dois casos positivos para amostra de Zika já foram confirmados, somente este ano em Minas Gerais.

Descoberta

Os resultados preliminares identificaram a presença de pernilongos infectados pelo vírus Zika em três dos 80 grupos de mosquitos analisados até o momento. Em duas dessas amostras, os mosquitos não estavam alimentados, mostrando que o vírus estava disseminando no organismo do inseto e não sendo transmitido através de alimentação recente em algum hospedeiro infectado.

A pessoa infectada pelo Zika pode demorar de 3 a 12 dias para apresentar os sintomas como dores de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações e manchas vermelhas na pele, além de coceira e vermelhidão nos olhos. Alguns casos de Microcefalia, Síndrome de ​Guillain- Barré e Lúpus estão associadas à infecção do vírus.

A partir de agora, novos estudos serão realizados para avaliar o potencial da participação do “Culex” (pernilongo) na disseminação do vírus e o seu real papel na epidemia. Até os resultados de novos estudos, a política de controle de epidemia do vírus continuará com as mesmas diretrizes, tendo como foco o combate ao Aedes Aegypti.