Benício Cabral delegado federal aposentado e ex-auditor fiscal (Foto: Reprodução Redes Sociais)

Benício Cabral que também foi auditor fiscal disse que “um estava lá para atender interesses políticos” e o outro para “cumprir a lei”

Ex-delegado federal e ex-auditor da Receita Federal Benício Cabral traçou uma “diferença” entre os auditores fiscais que ganharam a mídia nas últimas semanas. Um deles, disse o ex-auditor, “estava lá para atender interesses políticos e não para cumprir a lei”.

A postagem foi feita, nesta segunda-feira (6/3), pelo ex-delegado nas redes sociais dele.

Cabral se refere ao chefe da inteligência da Receita Federal durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), Ricardo Pereira Feitosa. Ele acessou e copiou dados fiscais sigilosos de opositores do ex-presidente.

Segundo documentos obtidos pelo jornal “Folha de S. Paulo”, um dos alvos do levantamento foi Eduardo Gussem, então procurador-geral de Justiça do Rio e responsável pelas investigações do suposto esquema de rachadinha dentro do gabinete de Flávio Bolsonaro (PL-RJ), denúncia posteriormente arquivada.

Ele fez cópia das informações declaradas pelo magistrado durante o período de 2013 a 2019.

Ricardo Pereira Feitosa negou ter cometido qualquer violação, afirmando ainda que “não vazou dados sigilosos e que sempre atuou no estrito cumprimento do dever legal”.

Joias

Já o segundo autidor citado pelo ex-delegado federal é o que foi responsável pela apreensão das joias enviadas pelo governo da Arábia Saudita ao ex-presidente Jair Bolsonaro e a então primeira-dama Michelle Bolsonaro.

“Ele estava lá para cumpri a lei”, afirmou Cabral, que tratou as jóias avaliadas em R$ 16,5 milhões como “propina” pela venda da refinaria da Petrobras em U$ 1,8 bilhão para um grupo da Arábia Saudita.

Benício Cabral atuou como auditor da Receita Federal por 22 anos.