Ele reconhece as dificuldades dos municípios e fala em enxugar a máquina pública
As pautas que nortearam as campanhas para governo de Minas e presidência do país devem servir de base para as eleições de 2020. O deputado estadual, Fabiano Tolentino (PPS) colocou o nome à disposição do partido e se apresenta como pré-candidato à prefeito de Divinópolis. Ao PORTAL mencionou a crise dos municípios e fala em enxugar a máquina pública.
Tanto o governador eleito, Romeu Zema (Novo) quanto o presidente, Jair Bolsonaro (PSL) falam em reduzir secretariais e ministérios, respectivamente. Seguindo o discurso, Tolentino citou os atrasos salariais, o custo com folha de pagamento e disse que é necessário agir com austeridade.
“Devemos buscar a valorização dos concursados, pois daí se tem um trabalho melhor e automaticamente com menos pessoas que chegam de fora para dentro […] Acho que a tônica dos próximos executivos será essa, de diminuir as folhas de pagamento”, analisa.
O pré-candidato reconhece que a disputa à cadeira máxima do município não é fácil. Ao longo dos próximos meses novos nomes devem surgir, dentre eles outros que figuraram nesta última eleição.
“É uma campanha complicada, terão ótimos nomes na disputa e eu serei mais um. Este é um sonho que sempre tive, nunca escondi isso, de um dia poder participar, ser candidato, na nossa cidade”.
Crítica ao PT
Reconhecendo a dificuldade financeira, aproveitou para alfinetar o governo PT. Atribuiu ao governador, Fernando Pimentel a responsabilidade da crise que assola, não só Divinópolis, como a maioria dos municípios mineiros.
“Não é um problema do prefeito de Divinópolis, mas sim de Minas, muito mais na questão do desgoverno que é o governo do PT em Minas Gerais, com Fernando Pimentel, que não repassa o mínimo que as prefeituras teriam que receber”, criticou, citando o ICMS e Fundeb.
Obras
Diante do cenário calamitoso dos cofres municipais, Tolentino diz acreditar que o próximo governo não deverá ser de grandes obras. Ele defende, no mínimo, a manutenção de ruas, praças; Investimento para fomentar o comércio e atração de empresas.
“Acho que esse é o novo foco dos novos prefeitos e atuais, mas principalmente a diminuição das pessoas que estão hoje nas prefeituras”.
Para o pré-candidato também é necessário um governo mais participativo.
“Sinto muito, como senti no mandato do Vladimir e agora do Galileu, a ausência do prefeito nas mais diversas ações”, afirma e completa: Os prefeitos que ficam em gabinetes não veem a realidade que está acontecendo nas cidades”.
Fabiano Tolentino foi deputado estadual por dois mandatos (Foto: Divulgação)
Eleições 2018
Tolentino disse que se tivesse conseguido eleger-se a deputado federal iria cumprir o mandato para só então, na eleição seguinte, colocar o nome na disputa à prefeitura.
Ele conquistou 67.008 votos. Estaria eleito em qualquer uma das coligações. O resultado só não foi suficiente para a dele formada pelo Solidariedade/PPS/DEM/PP. A coligação esperava fazer no mínimo 15 deputados. Tolentino está como segundo suplente. Ele também foi o vereador mais votado da história de Divinópolis com 5 mil votos.
