Ela é acusada de estelionato, falsidade ideológica e exercício ilegal de medicina

Amanda Quintiliano

Continua no presídio Floramar, em Divinópolis, a mulher acusada de estelionato, falsidade ideológica e exercício ilegal de medicina. Carla Almeida, de 46 anos, foi presa no dia 17 de março, na Rua Castro Alves, no bairro São José, em uma sala onde atendia pacientes. A Polícia Civil chegou até ela após duas vítimas a denunciarem no dia 16 do mesmo mês.

As mulheres tiveram reações aos procedimentos. Uma delas fez o chamado escleroterapia. O método é conhecido pelas queimas de vasinhos. A vítima foi parar no hospital. Ao PORTAL, a delegada responsável pelo caso, Adriene Pereira contou que ela também aplicava botox e usava produtos indevidos, como soro e glicose.

“Ela se apresentava como biomédica. Inclusive pegamos um receituário em que ela lançou a numeração do CRBM [Conselho Regional de Biomedicina] que não é dela”, disse e acrescentou: “A mulher não tem nenhuma graduação”.

O inquérito destas duas primeiras denúncias já foi concluído e a falsa biomédica teve a prisão preventiva decretada. Se condenada, ela pode pegar entre 1 a 5 anos de prisão por estelionato e falsidade ideológica e até dois anos por exercício ilegal da medicina.

Na clínica também trabalhava uma massagista. Porém, até o momento não há indícios de irregularidades na atuação dela. Foram apreendidos no local além de receituários, produtos utilizados no procedimento e um celular.

Após a prisão da mulher outras denúncias chegaram até a delegacia e serão investigadas. Algumas pacientes relatam terem sido vítimas em 2014.

“Pelo que apuramos ela estava há um bom tempo atuando irregularmente”, concluiu a delegada.

Carla atendia no endereço há um ano e já atuou em outras clínicas da cidade. Nas redes sociais ela afirmava ter, além de habilitação em cosmetologia, pós-graduação em biomedicina estética e especialização internacional.