Poliany Mota

 

População tem reclamado dos transtornos causados pelas obras do Olho Vivo

População tem reclamado dos transtornos causados pelas obras do Olho Vivo

Com atraso nas obras, a inauguração do Projeto “Olho Vivo”, marcada para esta terça-feira (10), foi adiada. A expectativa é que até o final de julho o sistema esteja completamente em funcionamento, porém, nenhuma data foi estipulada pela empresa Veotex, responsável pelo serviço.

 

A principal justificativa pela demora é a falta de mão de obra. Segundo a coordenadora de projetos da empresa, Isabela Fernandes, a prestadora de serviço teve que duplicar o número de trabalhadores para concluir o projeto dentro do prazo estipulado, além dos problemas comuns na execução desse tipo de projeto.

 

“A mão de obra está muito difícil, trouxemos um efetivo maior, pessoas de outras cidades, para poder acelerar as obras. O presidente da empresa falou para toda equipe não medir esforços, estamos trabalhando sábado, domingo e feriados”. “Ainda tivemos problema com fornecedor, é uma obra muito complexa e grande. Quebrar uma cidade é uma dificuldade enorme para qualquer empresa. É difícil encontrar um horário ideal, de dia atrapalha o fluxo de pessoas e de madrugada a população reclama do barulho”, explicou.

 

De acordo com o prefeito Vladimir Azevedo, que esteve no local para realizar uma visita técnica, a empresa já havia sido beneficiada com 15 dias a mais. Inicialmente, o previsto era que ela entregasse até o dia 25 de maio o sistema funcionando. “Infelizmente as coisas não correram na velocidade necessária, que nós gostaríamos que tivesse sido”, comentou o prefeito.

 

Prefeito fez uma visita a sala  de monitoramento para acompanhar andamento das obras

Prefeito fez uma visita a sala de monitoramento para acompanhar andamento das obras

A coordenadora de projetos da Veotex ressaltou que um novo acordo foi estipulado com a Polícia Militar e a Prefeitura. Na próxima semana 10, das 32 câmeras do sistema já estarão prontas para funcionamento. “A gente é passível de punição, nenhuma empresa que receber multa. Hoje já passam para 60 o número de homens trabalhando aqui em Divinópolis. Estamos montando toda uma estrutura para até o final de julho conseguir entregar a obra”.

 

O tenente coronel da Polícia Militar Marcelo Carlos, ressaltou que a prefeitura é uma parceira e não tem responsabilidade de gestão do projeto “Olho Vivo”. O militar também afirmou que caso seja constatado qualquer irregularidade será aplicada penalidade prevista em contrato. “A contratada tem a responsabilidade de executar a obra conforme estabelecido na licitação e no contrato, dentro do prazo estabelecido”.

 

O tenente coronel também falou que o Copom (Centro de Operações da Polícia Militar) funcionará no mesmo local que a sala de monitoramento. “Todos os equipamentos estão na nossa unidade, a maioria já em condições de ser instalada”, comentou.

 

Vladimir afirmou ainda que o projeto será concluído e que a prefeitura participa deste ajustes desde o início, já que caberá a ela a responsabilidade de realizar manutenção nos equipamentos. “O projeto só veio para Divinópolis por causa da minha decisão política, de assumir um convênio com o estado, em que a prefeitura coloca a manutenção dessas câmeras, que custará por volta de R$ 250 mil por ano e paralelo a isso há o custeio da mão de obra que vai operar na central de monitoramento”, explicou.