O governo Galileu terá um terrível ano, afirma Kaboja, se referindo a falta de receita

Pelo segundo ano consecutivo o prefeito de Divinópolis, Galileu Machado (MDB) não conseguiu emplacar os projetos que irão refletir diretamente no aumento do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU). Por falta de pareceres os dois foram retirados da pauta da reunião extraordinária desta quinta-feira (27).

A verdade é que o prefeito não conseguiu aglutinar apoio necessário para passar as propostas. O EM 081/2018 e 011/2018 tratam, respectivamente, da revisão da Planta Genérica de Valores e das alíquotas que são a base de cálculo do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU).

Ao PORTAL CENTRO-OESTE o líder do executivo, Rodrigo Kaboja (PSD) lamentou a ausência de votos necessários para passar os projetos. Criticou a postura dos colegas e disse ter faltado responsabilidade e sobrado politicagem.

“Tudo isso é politicagem. A gente precisa ter seriedade e serenidade”.

Justiça

Para Kaboja a aprovação significaria justiça social e fiscal.

“O que é necessário fazer: justiça social e fiscal. Tirar de quem tem mais, parar a especulação, para tentar trazer benefícios que alcance aquela população mais carente”, afirmou.

Sem a revisão da planta e das alíquotas, o prefeito irá trabalhar com a mesma previsão de arrecadação do IPTU no próximo ano, cerca de R$30 milhões. Com o cenário de crise, o líder do Executivo teme uma situação ainda pior.

“Praticamente a arrecadação dará para pagar apenas funcionalismo público”, comentou, citando os valores retidos este ano pelo governo do Estado.

“O governo Galileu terá um terrível ano”.

Os projetos não devem ser colocados mais em pauta, já que eles teriam efeito apenas para 2020, último ano do mandato e período eleitoral.

Georreferenciamento

Apesar do governo também não ter conseguido passar pelos edis a operação de crédito com o Banco do Brasil, Kaboja deposita esperança no georreferenciamento. Foi negado, nesta quinta (27), a autorização de empréstimo de R$ 5 milhões para a prefeitura. O valor seria aplicado para o mapeamento da cidade.

O projeto deverá retornar no próximo ano. Ao PORTAL, Kaboja disse que deverá coloca-lo em votação ainda em janeiro.