Termo de Referência prevê que cargos na UPA devem ser ocupados por processo seletivo e não indicação
A troca do diretor técnico da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Divinópolis (MG) tem levantando suspeitas de “favorecimento” e “interferência política”. “Está me deixando com a pulga atrás da orelha”, afirmou o vereador Ney Burguer (PSB), nesta terça-feira (23/5), durante reunião da câmara.
O cargo ocupado, até então, pelo médico Tarcísio Teixeira de Freitas Júnior foi substituído pelo Instituto Brasileiro de Políticas Públicas (IBRAPP) – atual gestora da UPA de Divinópolis.
“Infelizmente, essa troca na direção da UPA está me deixando com a pulga atrás da orelha, e mostrando que estão tentando voltar com aquela política do assistencialismo barato, de aproveitar da situação das pessoas para se promoverem, e isso não vou aceitar”, declarou.
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Dr. Tarcísio pediu o desligamento no dia 15 de maio. Informações extraoficiais são de que o pedido de demissão esteja ligado a interferência política do vereador Hilton de Aguiar (MDB) em manobra com o secretário de Saúde Alan Rodrigo.
Hilton de Aguiar nega que tenha participado de qualquer interferência.
“Uma das críticas que sempre recebíamos da gestão da IBDS (antiga gestora), era justamente contra o diretor técnico da época. Após a IBRAPP assumir, e nomear o Dr. Tarcísio como diretor, as coisas mudaram de figura, e algumas facilidades que eram encontradas com o antigo diretor passou a não ser mais conseguida, e isso incomodou muita gente”, afirmou Ney Burguer.
Inicialmente, falava-se que o cargo seria ocupado pelo ex-diretor, o médico Rodolfo Monteiro Barbosa. Entretanto, foi contratada a esposa dele, Ludmila Pizzigatti Monteiro. O comunicado de contratação foi divulgado no dia 22 de maio.
“Não tenho nada contra a pessoa que está sendo nomeada, até porque nem conheço, mas muito me estranha colocar uma pessoa ligada ao antigo diretor,” lamentou o vereador Ney Burguer.
Ney mostrou sua indignação com a situação e cobrou do executivo uma posição.
“Então Gleidson, peço a você e ao Alan, que possam fazer coro comigo, para não deixar que essas práticas voltem a fazer parte do dia a dia da UPA, pois se isso acontecer vocês irão perder um parceiro, e passarão a ter uma pedra no sapato”, ameaçou.
Termo
O Termo de Referência da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) para contratação da Organização Social prevê que a contratação de pessoal deve ser mediante a processo seletivo.
“Contratar pessoal para compor o quadro funcional da ORGANIZAÇÃO SOCIAL, quando houver demanda de pessoal, mediante processo seletivo simplificado com previsão de aplicação de prova, análise de currículo e com critérios objetivos”.
A reportagem do PORTAL GERAIS fez contato com a assessoria de comunicação do IBRAPP e aguarda retorno.