Reunião da câmara foi encerrada antes de votarem projetos; Secretária de Educação explicou o motivo da medida
Mal a reunião ordinária desta terça-feira (30), havia sido iniciada na Câmara de Divinópolis e ela foi encerrada. O motivo foi devido a presença de mães dos alunos do Centros Municipais de Educação Infantil (Cmei’s), Victor Hugo Lopes, do bairro Sagrada Família e do Douglas Miguel Vilela, do Santo Antônio no plenário. A partir de 2019 as duas unidades serão fechadas, segundo o município por não atender o número mínimo de estudantes.
Com isso, após o expediente do dia ser lido, os 17 parlamentares decidiram suspender a reunião com o objetivo de ir até a sede do Executivo juntamente com as mães (que desde o anúncio, estão manifestando para evitar o fechamento das unidades), para conversar sobre o assunto com o prefeito Galileu Machado (MDB). Após a definição, vinda de uma sugestão encabeçada pela Comissão de Educação do Legislativo, a votação de três projetos, que iria ocorrer durante a tarde, também foi adiada.
Nesta segunda (29) estava marcada audiência pública, mas ninguém do Executivo apareceu.
Reunião
Com a presença de nove mães, de todos os vereadores, da secretária de educação, Vera Prado, dos secretários de administração e de governo, respectivamente, Raquel Oliveira e Roberto Chaves e de Galileu, a reunião foi realizada na sede do Executivo. De acordo com o presidente da Comissão de Educação, Roger Viegas (PROS), Vera explicou detalhadamente a situação dos dois Cmeis e do porque eles serão fechados.
Douglas Miguel Vilela
No caso dos alunos do Douglas Miguel Vilela, a secretária se comprometeu a abrir uma nova turma no Cmei Oribes Batista Leite, no bairro Ipiranga. As duas escolas atendem em horário integral.
“Ela consegue abrir apenas uma classe atendendo o zoneamento residencial, ou seja, quem mora próximo ao Douglas Miguel Vilela, que consequentemente também mora próximo ao Ouribes, é onde ela consegue atender”, disse o vereador ao PORTAL.
Ainda segundo Viegas, não há como não fechar o Douglas Miguel Vilela, pois a Semed não possui o alvará do Corpo de Bombeiros e também as questões de acessibilidade.
“Ela disse que ano que vem terá a construção de um novo Cmei, mas para a entrada imediata em 2019, a secretária não consegue manter o Douglas Miguel Vilela”, explicou Roger.
Victor Hugo Lopes
Já na situação do Cmei Victor Hugo Lopes, os pais não aprovaram o que foi apresentado na reunião, segundo Viegas. Nesta questão, os alunos atuais, devido à idade, serão encaminhados à Escola Municipal Paulo Freire, no bairro Dona Rosa.
“Dentro do que a secretária nos passou, realmente o Cmei está fechando, primeiramente, pela questão de acessibilidade, o imóvel é muito precário, isso foi comprovado e compactuamos dessa opinião, tanto a oposição quanto a base. O Douglas Miguel Vilela é um caso muito diferente no Sagrada Família. Lá perto tem o Paulo Freire, que atende os mesmos requisitos e até melhor, sendo uma escola maior, porém estes pais que tem hoje a comodidade do Vitor Hugo, que tem apenas oito matrículas, a maioria não quer que sejam levados para o Paulo Freire”, finalizou Roger.
Prefeitura
Em nota enviada pela assessoria de imprensa da Prefeitura, Vera Prado disse que na quinta-feira (01) dará uma resposta sobre as solicitações da população.
“É uma improbidade administrativa, não posso alugar duas casas, onde temos prédio público próximo. Nós estamos fazendo pelo bem das crianças, as colocando em sala de aula com toda infraestrutura, bem adequada”, explicou.