Setor é responsável por 15 mil vagas de trabalho em Divinópolis; Empresários querem uma previsibilidade para retornarem atividades
A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) está negociação junto com a Prefeitura de Divinópolis para tentar estabelecer uma data de retorno do comércio. Responsável por cerca de 15 mil contratações, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a suspensão da atividade por tempo indeterminado poderá refletir em demissões. A projeção é do presidente da CDL, Luiz Ângelo.
Os primeiros reflexos para o setor, em Divinópolis, começaram no dia 15 de março. Mas, foi a partir desta segunda-feira (23) que o impacto foi maior, quando a proibição se estendeu para quase todos os seguimentos. O presidente da CDL ainda não arrisca dizer em números qual poderá ser o prejuízo, mas faz uma análise.
“O impacto efetivo vai depender bastante do prazo que for colocado. Estamos agora trabalhando junto com a prefeitura para que haja uma previsibilidade, uma previsão de retorno. “Existe uma forte pressão do seguimento para que a gente volte as atividades a mais breve possível, e que as atividades comecem a retornar à uma certa normalidade”, afirmou.
Luiz Ângelo disse que o fechamento, mesmo que por poucos dias reflete para as empresas, entretanto há uma tolerância que preserva os empregos.
“Dentro de uma tolerância de alguns dias, que o comércio tenha o fechamento, o impacto é expressivo, até porque a atividade não está funcionando, vendendo, mas não daria impacto de desemprego, por exemplo. Já se o prazo ficar indeterminado e perdurar por mais tempo, aí pode ser muito forte”.
A principal dificuldade dos lojistas hoje, segundo o presidente da CDL, é pagar os aluguéis.
“Geralmente os aluguéis são muito caros, principalmente para o comércio, para ter o ponto de rua, isso pesa bastante. A CDL junto a Acid fez o trabalho de se reunir com as imobiliárias, mas não houve uma definição do que será feito, do que será sugerido. As imobiliárias querem que a negociação seja feita caso a caso”, explicou.
Tensão
Classificando como “momento de tensão”, o presidente da CDL foi categórico ao afirmar que “se não houver a retomada rápida do comércio, ainda que com algumas restrições, fluxo de cliente, o impacto vai acontecer”.
“Será desastre na economia local”, enfatizou e completou: “Se perdurar por muito mais tempo, a partir disso, poderíamos projetar algo que seria catastrófico de demissões”.
Segundo ele, entre não funcionar e adotar medidas de restrições, os empresários estão dispostos a atender medidas preventivas e de segurança, como restrição do fluxo de clientes, cronograma de funcionários, redução do horário de expediente. Além daquelas preconizadas pelo Ministério da Saúde.