O também radialista é acusado pelo vereador de calúnia, difamação e por espalhar fake news; Hugo Serelo rebate e diz que o parlamentar tem cargos indicados que atuam como”milícia digital”
O vereador de Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas, Flávio Marra (PRD) acusa o radialista Hugo Serelo que também é servidor comissionado da prefeitura de stalking (perseguição) e de espalhar fake news. Ele registrou Boletim de Ocorrência e iniciou ação criminal por calúnia e difamação contra ele.
Hugo Serelo, ocupa o cargo de coordenador administrativo e de divulgação que, conforme organograma disponível no Portal da Transparência, responde a Secretaria Municipal de Governo. Por mês, ele recebe cerca de R$ 3.882 líquido. O salário bruto é de R$ 1.881,33, contudo soma-se a ele gratificação de função de 100%, mais vale refeição e auxílio transporte.
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Flávio Marra relata constantes ataques nas redes sociais por Serelo, que supostamente espalha fake news contra o vereador.
Conforme Flávio Marra, Serelo, que recebe dinheiro público, vem fazendo vários ataques, o que motivou o registro da ocorrência por calúnia, difamação e stalking.
“O Hugo tem espalhado inúmeras fake news contra mim, me acusando e envolvendo em situações falsas”, afirmou o vereador Flávio Marra.
Boletim e ação
Além do Boletim de Ocorrência, Marra entrou com ação criminal e planeja outras medidas judiciais contra Serelo e servidores com comportamentos semelhantes.
“Diante de tantas calúnias e stalking, registrei o Boletim de Ocorrência e tomarei outras medidas judiciais contra Hugo Serelo e similares,” concluiu Marra.
O que diz Hugo Serelo?
Afirmou que “numa só postagem, o apontado vereador comete crimes de calúnia e difamação. Além de mentir descaradamente sobre meus vencimentos. E por isso será devidamente processado.”.
Marra chega a dizer que Serelo é assessor do prefeito, assim como tem remuneração de quase R$ 7 mil.
Ainda conforme Serelo, ele sustenta “que há uma porção significativa de cargos indicados e comissionados do vereador Flávio Marra na Câmara Municipal. Tais loteados trabalham como cabos eleitorais e milícias digitais.”
“Um desses cargos, na segunda-feira, agrediu um pré-candidato e essa agressão inédita em Divinópolis foi vergonhosamente defendida pelo mesmo vereador que lhe deu esse emprego na câmara”, afirmou.
Clima pesado
O clima pesou entre o vereador e comissionados da prefeitura após confusão na inauguração da praça São Simão. O pré-candidato Daniel Cardan registrou ocorrência contra um servidor tercerizado da câmara por agressão. Em um vídeo que circula na internet, o servidor já afastado do cargo, aparece tirando o celular das mãos de Cardan após questionamentos feitos a ele.
Pelas redes sociais, o vídeo foi compartilhado como se o servidor – contratado como motorista – fosse assessor de Marra. Em outra gravação, é possível ver, então, vários comissionados da prefeitura saindo em defesa do pré-candidato aliado do prefeito Gleidson Azevedo (Novo).
Desde então, iniciou-se uma “guerra de narrativa” nas redes sociais, com ataques também contra Marra – oposição declarada ao governo Azevedo.