A manifestação dos servidores municipais da última semana provocou reações no vereador Marcos Vinícius (PSC), nesta terça-feira (15). Quase uma semana depois, ele quis esclarecer a posição dele quanto ao fim do gatilho salarial. O parlamentar foi classificado como “trairá” pela categoria, após ele anunciar a inconstitucionalidade do benefício.
Na quinta-feira passada os servidores o vaiaram e mal permitiram que ele se pronunciasse na tentativa de acabar como o “mal entendido”. Hoje (15), ele afirmou que apenas quis alertar os sindicatos do risco da perda do gatilho salarial. Segundo Marcos Vinícius, adiar esta discussão poderia acarretar em prejuízos para a categoria.
“Numa atitude até preventiva e de orientação, pois os sindicalistas não tinham conhecimento, o município tinha, mas não comentou nada, o vereador trouxe essa realidade […] Se fosse adiado essa situação iria se relevar com prejuízo lá na frente, pois o próximo ano é eleitoral e há restrições”, argumentou.
Para o parlamentar, a manifestação contra ele foi orquestrada de “forma maldosa”, entretanto não mencionou nomes.
“A minha única participação nesta história, que foi mal interpretada ou de forma maldosa, que infelizmente é natural da política, pessoas que agem às escondidas, de forma oculta, usando de subterfúgios e ferramentas nada dignas, foi de anunciar uma decisão que se deu por força do Supremo Tribunal Federal”, justificou
A súmula vinculante 42 estabelece ser inconstitucional o reajuste salarial de servidores vinculados a índices federais. O gatilho é vinculado ao Índice Nacional de Preço ao Consumidos (INPC). O fim do benefício ou a implantação de outro índice ainda não foi colocada em discussão pelo Executivo.
Na semana passada, quando os servidores demonstraram insatisfação com o vereador, eles protestavam contra o congelamento do piso salarial de um salário mínimo e meio.
“Os servidores ainda irão reconhecer a atitude deste vereador que apoiou a criação do gatilho quando ainda era presidente desta Casa”, concluiu.