Amanda Quintiliano

Apesar da promessa de rever as nomeações dos cargos comissionados, o prefeito de Divinópolis Galileu Machado (PMDB) ainda não assinou nenhuma exoneração. A medida é uma das anunciadas no “pacotão de economia” no início deste mês quando foi renovado o decreto de calamidade financeira.

Foram anunciadas no dia 06 de abril pelo procurador geral do município, Wendel Santos 12 medidas, dentre elas a redução da carga horária da prefeitura, abertura de concurso para evitar terceirização, cortes de diárias e suspensão de materiais de serviço, dentre várias outras (clique aqui).

A justificativa foi baseada em um déficit que pode chegar a R$ 50 milhões até o final do ano, se nada fosse feito. Até o início de abril o governo havia pago R$ 45,7 milhões de despesas deixadas do exercício anterior.

Com os números preocupantes, o prefeito ainda adicionou mais um item no pacotão. Ele descumpriu a lei do gatilho e ao invés de conceder os 7,86%, ele autorizou 4% dividido em duas vezes. Metade será aplicada agora e os 2% restantes apenas em dezembro, a modelo do que foi feito pelo ex-prefeito, Vladimir Azevedo (PSDB).

Apesar de ter mexido no bolso do servidor, ele ainda não teve coragem de eliminar umas das 214 boquinhas já nomeadas. Ao todo, Machado tem 221 cargos para nomear.

De acordo com o organograma disponível no Portal da Transparência com data de quinta-feira (27), dos já nomeados 85 são ocupados por servidores efetivos e o restante (129) não passou por concurso público.

No Diário Oficial dos Municípios desta quinta-feira (27) há duas nomeações para os cargos de Diretor de Cadastro, Fiscalização e Aprovação de Projetos e Diretor de Trânsito e Transporte.

Os salários dos comissionados variam de R$ 1.266,19 a R$ 10.645,13 com acréscimos de gratificações de 70% a 100% da remuneração.

Prefeitura

Ao PORTAL a Assessoria de Comunicação da Prefeitura disse que há um estudo analisando a redução dos cargos comissionados.