O prefeito usou o velho argumento de que o município passa por grandes dificuldades financeiras

Portal Centro-Oeste

O Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram), representado pela presidente Luciana Santos e pelo dirigente Sindical, Eduardo Parreira, reuniu-se na manhã desta quinta-feira (1º) com o prefeito Galileu Machado (MDB), para discutir o pagamento dos servidores municipais. A reunião ocorreu no gabinete do prefeito e também participaram o servidor público Wellington da Silva Oliveira, representando a Comissão de Servidores, e a equipe econômica do prefeito, representada pela secretária municipal de Fazenda, Suzana Xavier, a secretária de Administração e Orçamento, Raquel Oliveira, e o procurador do município, Wendel Teixeira.

O Sintram aguardava esta reunião desde o final de dezembro de 2017, para discutir o atraso e parcelamento dos salários do funcionalismo. Na reunião desta quinta-feira, o Sindicato cobrou o pagamento no máximo até o quinto dia útil do mês subsequente ao período trabalhado, além de marcar firme posição contra os parcelamentos.

Galileu Machado usou o velho argumento de que o município passa por grandes dificuldades financeiras, em função da retenção de verbas pelo Estado, que já deveriam estar nos cofres da prefeitura. O prefeito citou especificamente o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), cujas parcelas que pertencem ao município não estão sendo repassadas pelo governo estadual desde o final do ano passado.

 O prefeito informou à diretoria do Sintram que nesta sexta-feira (2) haverá um encontro de prefeitos e o governador Fernando Pimentel, exatamente para tratar da liberação das verbas pertencentes aos municípios, que ainda não foram repassadas pelo Estado.

“O governo do estado segura os recursos e nós não temos de onde buscar o dinheiro para manter nossas contas em dia”, disse o prefeito.

Segundo Galileu Machado, tão logo o governo do Estado libere os recursos retidos, a prefeitura imediatamente pagará a folha de janeiro.

“Assim que esse dinheiro cair na conta da prefeitura, nossa primeira medida será pagar o salário de janeiro”, garantiu.

Cobrança

O dirigente sindical Eduardo Parreira considerou positivo o encontro com o prefeito e disse que o sindicato continuará cobrando firmemente o paga- mento em dia.

“Esse atraso de salário é impositivo, não temos muito que fazer. Deixamos claro para o prefeito que o pagamento não pode passar do quinto dia útil e vamos continuar cobrando, pois o servidor não pode continuar sendo penalizado”, afirmou.

A presidente do Sintram, Luciana Santos, avaliou o encontro como a abertura de um canal direto de negociação com o chefe do Executivo.

“O prefeito disponibilizou para o sindicato o acompanhamento diário da situação financeira do município e isso é importante porque teremos condições de saber a realidade econômica da prefeitura”, avaliou.

“É bom frisar que deixamos claro para o prefeito que o servidor não aceita o parcelamento e atraso dos salários. Já ficou marcada uma nova reunião para a próxima segunda-feira [5] para sermos informados sobre o resultado do encontro com o governador Fernando Pimentel e termos a confirmação do pagamento do mês de janeiro, como também vamos estabelecer os critérios para que a folha não sofra atrasos ao longo do ano”, concluiu.