Decreto de calamidade financeira inclui corte de comissionados, congelamento de reajustes
Já dizia o bom mineiro: “a coisa preta”. Sem dinheiro para pagar servidores, honrar compromissos, o prefeito de Divinópolis, Galileu Machado (MDB) irá decretar, nesta segunda-feira (19), estado de calamidade financeira. Entre os cortes está a vigilância ostensiva do prédio do Hospital Público Regional. O serviço será transferido para a Empresa Municipal de Obras Públicas (Emop).
Algumas medidas foram anunciadas pelo vereador e líder do governo, Rodrigo Kaboja (PSD), na terça-feira (13). O “pacote de austeridade”, como foi classificado por ele, inclui ainda o corte de 35% a 40% dos comissionados, como já antecipado pelo PORTAL.
Também serão cortados os aluguéis de computadores e carros. Estagiários serão dispensados. Manutenção de veículos será feita apenas em casos emergenciais e haverá congelamento de reajuste de contratos de prestadores de serviço.
“Medidas de contenção de despesa mantendo as ações de travamento de pagamento de diárias, gratificação, hora extra, renegociação de valores de contrato de aluguéis”, antecipou Kaboja.
“Não podemos andar mais na contramão”, completou.
Dívida
O município joga para o Estado a responsabilidade do caos financeiro. Só a Divinópolis ele deve cerca de R$90 milhões. Do montante, aproximadamente R$14 milhões são referentes ao Fundeb.
“Para evitar que a situação dos professores ficasse mais difícil, o prefeito ainda utilizou recursos do caixa geral e pagou totalmente a folha de julho. Mas, agora, a prefeitura não tem recursos para pagar”, citou uma das dificuldades do município.
O pacote completo será divulgado nesta segunda-feira (19), às 14h, em coletiva de imprensa.