Audiência Pública de Saúde sobre Hospital São João de Deus e UPA de Divinópolis
Autoridades convidadas não participaram da audiência (Foto: Flávia Brandão/Sintram)
Audiência Pública de Saúde sobre Hospital São João de Deus e UPA de Divinópolis

Autoridades convidadas não participaram da audiência (Foto: Flávia Brandão/Sintram)

Durante a audiência pública realizada, na noite desta segunda-feira (24), o diretor do Sindicato dos Trabalhadores Municipais (Sintram), Alberto Gigante, disponibilizou para investigação dos vereadores documentos que apontam possíveis irregularidades na terceirização da Unidade de Pronto Atendimento (UPA – 24 horas). O encontro foi para debater os oito meses de gestão da UPA e a crise do Hospital São João de Deus.

Profissionais da saúde e população presentes na audiência enfatizaram que o atual caos da saúde – que culminou no fechamento da maternidade – é resultado da má gestão do hospital e, segundo eles, do “visível monopólio” da administração de Geraldo Couto a frente do HSJD, da UPA e da Santa Casa de Formiga.

O diretor Alberto Gigante ressaltou que é preciso fazer uma investigação sobre a terceirização da UPA.

“Da forma como foi terceirizada a UPA entendemos que existem várias irregularidades, que devem ser apuradas pelas autoridades competentes”, declarou.

Médico Alberto Gigante diretor do Sintram

Gigante disse que os documentos são os mesmos que estão com o Ministério Público (Foto: Flávia Brandão/Sintram)

Gigante disse ainda que o material a ser disponibilizado aos vereadores é o mesmo do processo, que está em andamento no Ministério Público de Divinópolis.

“Estamos buscando a apuração dessas irregularidades há bastante tempo através do Ministério Público de Divinópolis, mas não temos tido avanços, então tiramos uma cópia do processo e estamos disponibilizando à Câmara Municipal e aguardamos a não omissão dos vereadores da casa”, declarou.

Na audiência, não foram representantes da prefeitura, da Fundação Geraldo Corrêa e nem do Ministério Público. A ausência foi tratada como omissão. Gigante disse que Divinópolis vive hoje uma crise de responsabilidade do Executivo, Judiciário e de alguns membros do Legislativo Municipal, já que a grande maioria dos vereadores é da base aliada da atual administração e não atuam para cobrar uma solução para o caos da saúde.

“Estamos convocando as autoridades a suas responsabilidades. Está claro que estamos vivendo esse caos porque aqueles que têm o poder na mão para tomar atitudes, não o fizeram até agora. Cumprimos nossa obrigação, estamos disponibilizando várias denúncias, cabe as autoridades competentes investigarem”, finalizou.