Prefeito eleito cita descumprimentos de termos e prazos; Companhia afirma que não faltam recursos
Ricardo Welbert
O prefeito eleito de Divinópolis, Gleidson Azevedo (PSC), pretende se reunir nos próximos dias 18 e 22 de dezembro com integrantes da equipe de transição do governo Galileu Machado (MDB) para se informar sobre aspectos do contrato da Prefeitura com a Copasa que estejam sendo descumpridos. O futuro prefeito se reuniu na manhã desta terça-feira (15) com representantes da Companhia de Saneamento e da Secretaria de Governo do Estado.
Gleidson citou alguns problemas na prestação do serviço em Divinópolis.
Questões como a recomposição de pontos da rua Pitangui e de outras vias danificadas por obras de saneamento, falta de água nos bairros Santa Lúcia e Padre Eustáquio, fossas sépticas usadas em regiões como Copacabana e Jardinópolis, falta de recompensa às famílias da rua Mar e Terra, no Candelária, que teriam sido afetadas diretamente pela obra de construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do rio Itapecerica e problemas no contrato firmado por ex-prefeitos e que não têm sido cumpridos dentro dos prazos, dentre outras questões que já foram temas de muitas reuniões no Legislativo e no Executivo.
O prefeito agendou para os dias 18 e 22 a ação de comissões que deverão se dedicar exclusivamente a detectar as responsabilidades da Copasa nestes e em outros problemas percebidos na cidade. De acordo com Gleidson Azevedo, deverão ser montadas duas frentes de trabalho. Uma focada em contratos e regulações e outra em operações e comunicações.
No primeiro momento, o foco deverá ser a produção de um levantamento que detalhe todas as obrigações contratuais entre Copasa e Município. Além de representantes desses dois seguimentos, a Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Agua e de Esgotamento Sanitário de Minas (Arsae-MG) também deverá ser convocada, por sugestão da equipe de transição. O Ministério Público mineiro também deverá ser convidado a acompanhar as discussões.
“Cobramos da Copasa um plano de trabalho e deixamos claro que não teremos tolerâncias com aditivos ao contrato e nem com a prorrogação de prazos”, disse Gleidson.
Outro lado
Durante a reunião, os representantes da Copasa disseram que os atrasos nas prestações dos serviços não ocorreram por falta de dinheiro, mas sim porque surgiram problemas burocráticos como emissão de licenças e contratos com prestadoras de serviço terceirizadas que não cumpriram acordou ou abandonaram as obras e decretaram falências. A equipe da companhia falou ainda sobre investimentos que a estatal pretende fazer ao longo dos próximos dois anos. Eles também demonstraram interesse em participar das comissões convocadas pelo prefeito eleito.
O PORTAL GERAIS pediu à Copasa um posicionamento sobre as declarações feitas pelo prefeito eleito sobre a possibilidade de romper o contrato da Prefeitura com a empresa caso os problemas citados pelo futuro prefeito não tenham soluções definitivas. A reportagem aguarda retorno da companhia.