Antes de aplicar o golpe em pelos menos dois empresários de Divinópolis, o bandido tentou transferir R$ 20 mil da conta do vice-prefeito, Rodrigo Resende. O golpista ligou para a agência do Banco do Brasil e se passou por Resende pedindo ao gerente que transferisse o dinheiro para outra conta. O gerente suspeitou do golpe e acionou a esposa do vice-prefeito.
De acordo com Resende, ele não tinha o valor pedido pelos bandidos em conta. Foi então que o gerente informou ao criminoso que o saldo era insuficiente. O homem insistiu e pediu que fosse feito um empréstimo rápido. Entretanto, o gerente chamou a esposa do vice-prefeito, que trabalha na mesma agência, para confirmar a informação.
“O golpista não sabia que minha esposa trabalhava na agência. Aí ela me ligou e eu disse que estava em Divinópolis e que era um golpe e ela informou o gerente. O bandido usa o mesmo argumento que eu estava em Belo Horizonte e precisava do dinheiro”, relata.
A partir desta ligação outras pessoas que quase foram vítimas começaram a ligar para o vice-prefeito. Duas chegaram a depositar o dinheiro. Um empresário depositou R$ 12,5 mil e o outro R$ 4,8 mil. Este último montante não chegou a ser sacado, apenas os R$ 12,5. As contas abertas em nomes de vítimas de roubos de documentos foram bloqueadas e serão rastreadas.
Resende contou ainda que já tentaram retornar as ligações, mas elas não são atendidas. O golpista sempre usava o mesmo número com DDD da região de Belo Horizonte. Uma das contas foi aberta em uma agência de Contagem. Uma é no Banco do Brasil e a outra na Caixa Econômica Federal (CEF).