Com repasse de R$ 90 mil em atraso, as Farmacinhas de Divinópolis voltaram a ficar sem medicamentos. O montante é repassado pelo governo federal. Este não é o único problema. A distribuição dos remédios básicos por parte do governo federal está prevista apenas para o dia 26 de abril.
O reflexo disso foi, mais uma vez, prateleiras vazias nas farmacinhas, como na Central e do São José. Esta não é a primeira vez que o problema é registrado. O caso foi denunciado várias vezes pelo presidente do Conselho de Saúde da Região Sudoeste, Darly Salvador. Ele chegou até mesmo a acionar o Ministério Público no final do ano passado.
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) informou “que os medicamentos em falta já estão todos comprados aguardando, apenas, que as empresas vencedoras do processo licitatório façam a entrega”. A maioria deles tem ordem de compra com prazo máximo de entrega previsto para 09 de março, ou seja, ontem, e alguns já chegaram como seringas, metformina 850mg, sertralina 50mg e oxcarbazepina 300mg.
“Com a chegada dos medicamentos a situação começa a voltar a sua normalidade nos próximos dias”, consta na nota.
Somada a compra efetuada pelo município, é aguardada, também, a chegada de medicamentos repassados pela Secretaria de Estado da Saúde. A primeira distribuição dos medicamentos básicos em 2015 está prevista para 26 de abril. Conforme informou a Semusa, “ao longo do ano são quatro distribuições de medicamentos por parte Estado”.
Só para se ter novação, a quarta entrega que deveria ser realizada no fim do ano passado só foi feita no mês de janeiro de 2015. Na época chegou a faltar medicamentos de uso contínuo como insulina. Não havia nem mesmo seringas.
“O Governo Federal também está em atraso a um mês no repasse de cerca de 90 mil reais destinados à compra de medicamentos […] Em 2014, para se ter uma ideia, foram investidos R$ 5.222.748,72 na compra de medicamentos e material médico cirúrgicos”, consta na nota.
A reportagem tentou contato com as assessorias dos governos federal e estadual, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria, por volta das 18h30.