O plano de R$ 1,5 bilhão visa prevenir e controlar arboviroses, com foco em MG, que teve 1,6 milhão de casos de dengue e 998 mortes em 2024
Nessa quarta-feira (18/09), o Governo Federal anunciou um novo plano de ação para mitigar os impactos de arboviroses, incluindo dengue, chikungunya, Zika e oropouche, com foco no próximo período sazonal no Brasil. O plano, elaborado com a colaboração de pesquisadores, gestores e profissionais de saúde, visa reduzir casos e óbitos dessas doenças, especialmente nas regiões de maior vulnerabilidade social.
Registros da doença
Até agora, em 2024, o Brasil registrou 6,5 milhões de casos prováveis de dengue e 5,3 mil óbitos. Minas Gerais contabiliza 1,6 milhão de casos e 998 mortes. Além disso, o país tem 6,5 mil casos prováveis de Zika, 256,2 mil de chikungunya e mais de 8 mil de oropouche. Em Minas Gerais, foram registrados 221 casos prováveis de Zika, 160 mil de chikungunya e 194 de oropouche.
Lançamento e objetivo
O lançamento do plano ocorreu no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra da Saúde, Nísia Trindade. O documento é baseado nas evidências científicas mais recentes e novas tecnologias, buscando um pacto nacional para enfrentar as arboviroses. O objetivo é coordenar ações entre o Ministério da Saúde, estados, municípios, instituições públicas e privadas, e organizações sociais.
Investimento
Para 2024, está previsto um investimento de aproximadamente R$ 1,5 bilhão. O plano de ação inclui seis eixos principais a serem implementados no segundo semestre do ano, quando as condições climáticas favorecem o aumento de casos: prevenção, vigilância, controle vetorial, organização da rede assistencial e manejo clínico, preparação e resposta a emergências, e comunicação e participação comunitária.
Ações preventivas
Durante o período intersazonal, serão intensificadas as ações preventivas, como a remoção de criadouros e a implementação de novas tecnologias de controle vetorial. Também serão realizadas campanhas de sensibilização e revisão dos planos de contingência locais. Para o período sazonal, o plano prevê medidas para fortalecer a rede assistencial e reduzir hospitalizações e óbitos evitáveis, com foco em manejo clínico adequado e vigilância específica para casos graves.
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Controle da doença
O Ministério da Saúde ampliará o uso de Estações Disseminadoras de Larvicida, uma estratégia eficaz para controlar o Aedes aegypti, transmissor da dengue. Esta tecnologia foi testada e aprovada em 14 cidades brasileiras e será expandida para 17 municípios.
Redução
Desde 2023, o Ministério mantém um acompanhamento constante do cenário epidemiológico, com investimentos em tecnologias como o método Wolbachia, que reduz a transmissão de arboviroses. Foram destinados R$ 30 milhões para expandir essa tecnologia em seis municípios.
Vacinação
A vacinação contra a dengue continua sendo uma estratégia importante, mas o foco principal está em reduzir os focos do mosquito e preparar os serviços de saúde para enfrentar as arboviroses.