Greve na educação Professores da UFSJ e CEFET paralisam atividades
A greve faz parte de um movimento nacional por condições salariais, com os docentes reivindicando um aumento de 22,71% até 2026, enquanto o governo propõe 9% até 2026. Foto: Divulgação/UFSJ

Movimento reivindica melhorias salariais, orçamentárias e de condições de trabalho

A greve da UFSJ, Universidade Federal de São João Del-rei, e do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) permanece por tempo indeterminado. A paralisação atinge os campi em Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas.

A decisão do Cefet foi tomada na última quinta-feira (18/4). Ela ocorreu após deliberação do Conselho Diretor da instituição, como resposta à adesão dos docentes ao movimento grevista iniciado na segunda-feira (15/4).

Decisão da paralisação

A assembleia multicampi realizada pelos docentes decidiu pela paralisação das atividades. Assim, juntando-se ao movimento grevista que inclui professores e técnicos-administrativos de diversas universidades e institutos federais pelo país.

“É o maior movimento grevista desde 2016”, afirma o Comando de Greve dos Docentes do CEFET-MG.

Além da suspensão das aulas, a instituição informou que todas as avaliações realizadas desde o início da greve serão invalidadas e reaplicadas após o término do movimento. A decisão de suspender as atividades acadêmicas também leva em consideração uma solicitação do Conselho Central de Grêmio e do Diretório Central dos Estudantes (DCE). Desta forma, visando “minimizar o prejuízo para os/as estudantes”.

Reinvindicações

Entre as principais reivindicações da greve estão a recomposição do orçamento das Instituições Federais de Ensino. De acordo com o comando, para que possam cumprir suas funções sociais. Além disso, a recomposição da perda salarial acumulada de 39,92% desde julho de 2010 até dezembro de 2023,

Ainda conforme o comando, o movimento pede a valorização, assim como a reestruturação das carreiras do magistério federal.

O movimento grevista no CEFET-MG entra agora em seu décimo primeiro dia, sem previsão de término das atividades suspensas.

Professores da UFSJ também aderem movimento grevista

A Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ) também enfrenta uma paralisação por parte dos professores. A greve, iniciada nessa segunda-feira (22), reivindica a reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária. Além disso, a revogação de normas aprovadas durante os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro.

Em nota, a UFSJ afirmou que a “greve é de autonomia da categoria e que segue as garantias constitucionais do direito da paralisação”.

Sem previsão de retorno

Até o momento, a greve na UFSJ já dura quatro dias, também sem previsão para o retorno das atividades.