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Membros do grupo Ação Política Divinópolis fizeram um ato, nesta sexta-feira (08), contra uma obra feita no entorno do Ginásio Poliesportivo “Fábio Botelho”. Pedras foram colocadas em um espaço antes utilizado por moradores de rua, geralmente, para dormirem. A prefeitura nega. Mas, as justificativas não foram suficientes para convencer os manifestantes.

A obra ganhou o nome de “cama de pedra” e gerou polêmica nas redes sociais. Em protesto pacífico, os membros do grupo levaram 300 botões de rosa e espalharam pelo local. Eles também colocaram uma faixa com os dizeres “Prefeito, assistência social não é favor e nem caridade, é direito. Humaniza Divinópolis. Dialoga Galileu”.

“Não concordamos com a política da higienização. Ao invés de resolver o problema ele está protelando e mudando de lugar”, afirmou uma dos membros do grupo, Sillian Castro.

Depois, o grupo saiu em caminhada por alguns pontos de vulnerabilidade, como o carrapateiro e distribuiu as rosas. Elas também foram entregues na região central da cidade.

“Não queremos que eles fiquem nas marquises, nem nas ruas, nem usando drogas. Queremos que o prefeito humanize a cidade, dialogue ao invés de tomar uma atitude muito radical”, completou.

As flores foram em ato simbólico ao amor.

“Vamos tira-los de lá, mas vamos plantar amor. Vamos colocar um jardim ali. Isso não machuca quem está passando. Ao invés de repelir o ser humano vamos aproxima-lo”, finalizou.

Prefeitura

Hoje vivem pelas ruas de Divinópolis cerca de 100 pessoas. A Assessoria de Comunicação da Prefeitura disse que a obra não tem relação com os moradores. Ela é, segundo o órgão, para desviar a água que caia no local e gerava infiltração atingindo as arquibancadas.

Em um release enviado esta semana, a Secretaria de Desenvolvimento Social informou que o município atende cerca de 28 moradores de rua por mês.

Fotos e vídeo: Grupo Ação Divinópolis/Divulgação