Rute Maria foi morta durante uma discussão dentro do carro. Após cometer o crime, o suspeito abandonou o corpo na porta da casa e fugiu.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) indiciou o homem suspeito de matar a esposa com um golpe de “gravata” por feminicídio majorado – por que a vítima tinha filhos menores – e por aborto provocado. O crime aconteceu no dia 11 de outubro em Lagoa da Prata, no Centro-Oeste de Minas. O delegado Ivan Lopes remeteu o inquérito a Justiça na sexta-feira (25/10), conforme confirmado ao PORTAL GERAIS nesta quarta-feira (30/10).
Rute Maria dos Santos, de 38 anos, foi morta durante uma discussão dentro do carro. Após cometer o crime, o suspeito abandonou o corpo na porta da casa e fugiu.
Relembre o caso
Um homem de 50 anos matou sua esposa, de 38 anos, em Lagoa da Prata, Região Centro Oeste de Minas Gerais. O crime aconteceu em um sábado (12/10).
Primeiramente, o casal deixou os filhos em casa e saiu de carro. Durante o passeio pelo bairro Sol Nascente, começaram a discutir. Nesse momento, o homem questionou a esposa sobre uma possível traição. A mulher, então, confirmou a traição, o que agravou ainda mais a briga. Em seguida, ela tentou sair do carro, mas o marido a impediu usando um golpe de “gravata”.
Logo após, o homem percebeu que a esposa estava morta e voltou para casa, onde deixou o corpo dela na calçada. Posteriormente, ele abandonou o carro em um canavial. Enquanto isso, testemunhas encontraram o corpo da mulher e chamaram a polícia. Pouco tempo depois, os agentes localizaram o homem, que confessou o crime e admitiu ter fugido.
A polícia prendeu o agressor em flagrante e, em seguida, o encaminhou para a delegacia. Logo depois, o homem foi transferido para o sistema prisional. De acordo com a PM, o casal, enfrentava brigas frequentes. Segundo a polícia, o homem desejava a separação, mas a esposa não concordava com a decisão.
Mulher teria sofrido aborto dias antes
Dois dias antes do crime, na sexta-feira (11/10), Rute havia sofrido um aborto. Duas filhas de Rute confirmaram o aborto à polícia, que também investigam a ligação entre o procedimento e o feminicídio.
De acordo com o Delegado Ivan Lopes, não encontram o feto no útero de Rute, porém havia um sangramento indicando um possível aborto.
“O médico-legista não encontrou feto no útero da vítima, mas havia sangramento, indicando que ela sofreu ou praticou um aborto dias antes do homicídio. A investigação sugere que o crime está relacionado ao aborto. No entanto, nada justifica tanta brutalidade”, explicou o delegado.