Quase uma semana depois, o comentário da professora do Departamento de Letras da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) ainda tem gerado polêmica. Rosa Marina Meyer postou a foto de um homem lanchando antes do embarque no Aeroporto Santos Dumont. Na legenda, uma pergunta irônica: “aeroporto ou rodoviária?”. O homem da foto é Marcelo Santos, advogado e morador de Nova Serrana.

 

A repercussão gerou indignação e levou Marcelo a declarar que tomará as medidas legais cabíveis. Na página do Facebook dele, ele rebateu os comentários que chegou a mais de 12 mil pessoas.

 

“Boa tarde. Gostaria de agradecer as mensagens calorosas dos amigos, neste momento. Na oportunidade, informo que estava chegando de viagem de um cruzeiro internacional e tinha conhecimento do calor que estava no Rio de Janeiro, ocasião em que estava com trajes casuais. Ademais, por estar de férias, no Rio de Janeiro, não tinha porque estar usando terno e gravata apenas para usar um meio de transporte. Informo, também, que os comentários infelizes das pessoas na página do Facebook já estão sendo alvo de análise pelos meus colegas do escritório e, certamente, serão tomadas as medidas legais. É lamentável perceber que isso partiu de pessoas ligadas a educação de nosso país. Com efeito, apenas vem descortinar o preconceito existente por muitas pessoas que se julgam melhor apenas por questão de aparência.”

 

Comentários

 

Entre os comentários no perfil pessoal da professora, está a do reitor da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Luiz Pedro Jutuca. “O ‘glamour’ foi pro espaço”, escreveu o também doutor em Matemática, ao que Rosa responde: “Para glamour falta muito! Está mais para estiva!”.

 

Logo abaixo, a professora de Português para Estrangeiros completa: “O pior é que o Mr. Rodoviária está no meu voo! Ao menos, não do meu lado! Ufa!”. Outra professora da PUC-Rio, também de Letras, Daniela T. Vargas, também comenta: “O pior é quando esse tipo de passageiro senta exatamente do seu lado e fica roçando o braço peludo no seu, porque – claro – não respeita (ou não cabe) nos limites do assento”.

 

A conversa foi compartilhada e chegou até a página da personagem Dilma Bolada, onde já teve mais de 12 mil visualizações e 1,2 mil compartilhamentos.

 

Preconceito

 

Para os internautas, os comentários foram preconceituosos e saíram em defesa do homem. “Deve ser do tipo que acha certo acorrentar bandido pelado em poste.”, postou Caio Costa. Outro seguidor da página de humor, Marcus Vinícius, também se indignou: “Que mania feia de julgar o próximo por sua aparência … conheço tanta gente que tem bala na agulha e anda de chinelo e calção. Sabe pq ? Pq o dinheiro não subiu a cabeça, não o faz achar que é melhor que ninguém …. Lamentável …”.

 

Após a repercussão negativa a professora se desculpou nas redes sociais: “Sabedora do desconforto que posso ter criado com um post meu publicado ontem (quarta-feira) à noite, peço desculpas à pessoa retratada e a todos os que porventura tenham se sentido atingidos ou ofendidos pelo meu comentário. Absolutamente não foi essa a minha intenção.”

 

Fonte: Com informações de 180 graus

 

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