Cleitinho tem apostado no mesmo discurso da campanha a vereador (Foto: Arquivo)

 

Excesso de honrarias também foi criticado por Eduardo Print Jr. que sugeriu estudo para reduzir

Amanda Quintiliano

Os exceções de homenagens realizadas anualmente da Câmara de Divinópolis são alvos de críticas há muito tempo. Nesta quinta-feira (21), o vereador Cleitinho Azevedo (PPS) colocou o dedo na ferida e abriu mão de fazer as indicações. A decisão ocorreu após os gastos com Medalha Candidés.

Ao longo do ano há entre as honrarias: “Mulher Cidadã”, “Consciência Negra”, “Servidor Destaque”, “Medalha Candidés”, “Profissional da Saúde”, “Esportista Destaque”, “Cidadão Honorário”, “Líder Comunitário”; “Produtor Rural”, “Mérito Empresarial”, “Educador do Ano”, “Estudante Destaque” e “Destaque Cultural”.

As homenagens estão previstas em lei. Ao ano, cerca de 200 pessoas são agraciadas em algumas das categorias mencionadas acima.

“Acho isso uma politicagem […] Por causa de lei você tem que indicar todo mês um destaque para alguma coisa”, declarou Cleitinho.

Segundo ele, com a Medalha Candidés foram gastos cerca de R$10 mil.

“Acho errado. Então estou abrindo mão de todas as homenagens. Não quero mais saber de homenagens aqui mais não. Deu, cansou”, enfatizou, acrescentando que o último ao qual irá entregar a comenda será o Cidadão Honorário por já ter indicado.

Proposta

O vereador Eduardo Print Jr. (SD) com um discurso mais ameno concordou com Cleitinho e sugeriu um estudo para reduzir as homenagens.

“É importante relatar que na legislatura passada entregava um Cidadão Honorário a cada quatro anos, uma Medalhada Candidés por mandato. Você ficava aqui quatro anos e indicava um”, lembra.

“A gente tem que fazer sim, mas sem excessos, principalmente em período de crise”, opinou, mencionando que os homenageados estão sendo repetidos.