Homicídio lideram o ranking (Foto: Arquivo/PCO)
Osmundo Santana Divinópolis

Estudo vai ajudar a definir formar de enfrentamento contra mortes externas (Foto: Divulgação/PMD)

O Núcleo de Estudos Epidemiológicos – Neepi, órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), acaba de divulgar o seu informe epidemiológico que traçou um perfil da mortalidade por causas externas em Divinópolis. São consideradas mortes por causas externas os homicídios, acidentes de trânsito, suicídios e os afogamentos.

A publicação é fruto de um trabalho de oito meses que teve como ponto de partida a análise do banco de dados do Sistema de Informações de Mortalidade/DATASUS/Ministério da Saúde. A análise foi feita no período de 2003 a 2012. Os dados revelados no estudo do Neepi são assustadores.

Dentro do período analisado, esse grupo de causas ocupa o quarto lugar. No primeiro ano avaliado, 2003, foram 94 o número de óbitos e, em 2012, este número subiu para 140. No mesmo período, a taxa de mortes por homicídios teve um aumento de 328%, enquanto que os suicídios aumentaram em 57,7%.

O estudo verificou o percentual de óbitos segundo o tipo de causa externa. Nesta análise o Neepi apontou que os homicídios aparecem em

Homicídio lideram o ranking (Foto: Arquivo/PCO)

Homicídio lideram o ranking (Foto: Arquivo/PCO)

primeiro lugar com 30,7% das mortes. Em seguida vem os acidentes de trânsito com 27,1%. Já os suicídios representam 12,9% das causas das mortes externas.

De acordo com o estudo, há uma predominância da mortalidade para o sexo masculino. O risco de morte por causas violentas e acidentais é cerca de cinco vezes maior quando se compara homens e mulheres. No caso dos homicídios, por exemplo, o risco de morte entre os homens é 21,6 vezes maior em comparação às mulheres.

O público mais susceptível às mortes violentas, segundo o estudo, está na faixa de idade entre os 20 e 49 anos representando, portanto, 64,3% do total.

“Os dados são preocupantes e revelam, sobretudo, que Divinópolis (no período analisado) viveu uma onda de mortes por causas externas. Nelas se destacam os homicídios e acidentes de trânsito que acometem, na sua maioria, a população economicamente ativa”, explica o coordenador do estudo o epidemiologista da Semusa, Osmundo Santana Filho.

A intenção deste estudo, inédito na cidade, é fornecer mais informações que contribuam para a análise e tomadas de decisões em torno da questão das mortes por causas externas.