Amanda Quintiliano
Divinópolis registrou nesta terça-feira (07) o 24º homicídio de 2017. Um homem foi morto a tiros no bairro Terra Azul. O número é maior quando comparado ao mesmo período do ano passado quando ocorreram 14 assassinatos. Em todo 2016, foram 44.
A princesinha do Oeste, que já apareceu entre as 5 melhores para se viver no Brasil, hoje figura entre as estatísticas de criminalidade. O estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) coloca o município em 70ª posição quando o assunto é homicídio em localidades com mais de 100 mil habitantes (314 municípios). Os dados são referentes a 2015.
Em 2015 foram 39, isso significa 16,9% a cada 100 mil habitantes. No mesmo ano houve uma “Morte Violenta com Causa Indeterminada”, ou seja, média de 0,4%. Quando considerados os dois índices, a taxa de homicídio a cada 100 mil habitantes passa para 17,3%. As informações estão no Atlas da Violência 2017.
Porém, quando é analisada apenas as cidades mineiras com mais de 100 mil habitantes em números de homicídios, Divinópolis aparece em 24ª posição entre as mais violentas num ranking com 31 municípios. Sete Lagoas – com média de habitantes parecida (230 mil) – é a 8ª mais violenta do Estado. Em 2015, foram 89 assassinatos.
Os números não colocam Divinópolis entre as mais violentas do país. Nenhuma cidade mineira aparece neste ranking nacional.
Até quando?
O vereador Sargento Elton (PEN) tem batido constantemente na tecla da violência. Logo em janeiro deu início a sugestões com protocolos de anteprojetos ao prefeito, Galileu Machado (PMDB). Dentre as propostas estão a criação da guarda municipal, do Fundo Municipal de Segurança Pública e a implantação da Secretaria Municipal de Segurança Pública.
“Basta o prefeito querer. Isso vai amenizar […] A prefeitura paga R$260 mil mês para a gestão do aeroporto e a guarda municipal é R$150 mil. Dá para pagar, basta querer”, afirma Sargento, explicando que a estrutura e equipamentos são fornecidos pela Secretaria Nacional de Segurança Pública.
A reestruturação local é apenas um dos itens destacados pelo parlamentar. Ele ainda defende a reforma do Código Penal e a revogação da lei de 2011 que tornou todos os crimes inafiançáveis.
“Temos uma falha muito grande na legislação e os nossos deputados federais não querem ajudar a população […] Eles [bandidos] têm certeza da impunidade”, concluiu.