Hospital Público Regional Divinópolis
(Foto: Diego Henrique)

 

Diego Henrique

Orçada em mais de R$ 99 milhões, a entrega do Hospital Público Regional Divino Espírito Santo, em Divinópolis, está prevista só para 2017. Isso se nos próximos dias for publicado o novo edital de licitação. O dinheiro previsto inicialmente não foi suficiente para a construção e agora será necessário passar novamente por todo o trâmite burocrático e contar com a disponibilidade financeira do Estado.

A obra corre por conta do município, mas é subsidiada pelo governo estadual. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), em 2009 foi assinado convênio de R$ 36,8 milhões (primeira faz). Todo o montante já foi repassado. Em 2013 foi celebrado um convênio de R$ 42,9 milhões (segunda fase) visando à conclusão do empreendimento. Neste último ajuste, já foram repassados recursos da ordem de R$ 25 milhões.

Mas, tanto dinheiro ainda não é suficiente para concluir a obra milionária, iniciada há quase seis anos. A licitação será para a terceira fase, a de acabamentos e instalações finais de equipamentos, como transformadores, sistema de ar condicionado. Nesta nova etapa uma nova construtora poderá assumir a obra, o que explica o afastamento discreto da Marco XX. Entretanto, ela também já teria demonstrado interesse de participar do processo licitatório.

Sem data

De acordo com o engenheiro do município, Alexandre Magno Pereira de Araújo, ainda não há previsão para publicação o edital. Ao apresentarem a planilha houve questionamentos por parte da SES e ela precisará ser adequada. Sem data para a licitação fica difícil prever se, de fato, no próximo ano os 55 municípios da macrorregião Oeste poderão contar com um novo suporte no parque hospitalar.

A partir da assinatura do contrato com a empresa, estima-se mais 15 meses para a conclusão da obra. Mas, isso depende de outros fatores, como o financeiro. Nos últimos anos os repasses para a construtora têm ocorrido minguados. Ela fica até três meses sem ver nenhum centavo. A última transferência foi de R$ 2 milhões, neste mês. Sem dinheiro, os operários trabalham em “operação tartaruga”.

Estes atrasos financeiros também podem ajudar a justificar o alto custo do empreendimento.

“Tem atrasos, tem correções”, enfatizou o engenheiro.

Para a conclusão da obra, estima-se um gasto a mais de R$ 20 milhões. Segundo o engenheiro, os operários continuam trabalhando normalmente até a conclusão desta segunda etapa.

Estrutura

O Hospital conta com 36 mil metros quadrados de terreno, 16 mil de área médica. Na primeira fase serão 210 leitos para cirurgias, internações e pronto atendimento, sendo 30 para o Centro de Terapia Intensiva (CTI) adulta e 20 para o infantil.