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Após denúncia veiculada na manhã desta quinta-feira (08) pelo PORTAL de mortes de bebês durante partos no Hospital São João de Deus, o diretor técnico, Renato Corgozinho emitiu mota desmentindo a mortalidade neonatal. De acordo com o comunicado, em janeiro foram registrados dois casos de fetos mortos e um caso de prematuro.

“A informação não procede, no sentido que nos últimos dias foram registrados apenas dois casos de fetos mortos, ou seja, fetos que evoluíram ao óbito na gestação e um caso de prematuro que mesmo assistido na UTI Neonatal veio ao óbito”, consta na nota.

Na nota, o diretor técnico ainda destacou a baixa mortalidade da instituição e disse que o São João de Deus é referência em assistência aos partos de alto risco na região.

De acordo com a denúncia (leia a matéria aqui) pelo menos quatro bebês teriam morrido durante o parto. A reportagem tentou, nesta quarta-feira (08), contato com a Assessoria de Comunicação do Hospital, que não confirmou os óbitos e falou extraoficialmente em duas mortes. Mais informações seriam repassadas apenas na próxima segunda-feira (12) quando o responsável pelo setor retornaria de férias.

Ainda segundo a denúncia feita por Cristina Vargas, 47 anos, tia de uma gestante, as mortes poderiam estar vinculadas as exigências de partos normais. Segundo ela, a sobrinha já estava com 41 semanas de gestação. O parto dela foi feito na noite de ontem. Outras mulheres já estariam a 42 semanas tomando remédios para induzir o parto, como era o caso da parturiente que estava no mesmo quarto da sobrinha dela. Cristina chegou a relatar que um bebê teria nascido enrolado no cordão umbilical e não resistiu vindo a óbito. Esse teria ocorrido ontem pela manhã.

“Infelizmente, culturalmente ainda existe uma “pressão” da sociedade pela realização de partos cesáreos, apesar de inúmeras normas contrarias do Ministério da Saúde, o que leva muitas mães continuamente associarem problemas da assistência ao parto ao fato de não terem sido abordadas por partos cesáreos”, explica Corgozinho.

Em nota, ele segue dizendo que a “Secretaria Estadual de Saúde continuamente monitora os dados estatísticos a respeito da assistência materno-infantil e os óbitos neonatais são analisados por comissão competente para tal, conforme previsto no próprio Regimento Interno do Corpo Clínico”.

Ele ainda afirmou que existe uma vigilância ainda mais contínua e próxima às próprias parturientes que é a exercida pelos profissionais médicos da instituição, sempre pré-engajados na qualidade da assistência e preocupados com os seus pacientes.

De acordo com dados na Assessoria do Hospital, em novembro não houve nenhum óbito neonatal registrado. Em dezembro houve um.