Hospital São João de Deus e Caixa Econômica Federal
O contrato foi assinado na CEF (Foto: Amanda Quintiliano)
Hospital São João de Deus e Caixa Econômica Federal

O contrato foi assinado na CEF (Foto: Amanda Quintiliano)

O Hospital São João de Deus (HSJD) ganhou fôlego com o reparcelamento da dívida milionária. O contrato com a Caixa Econômica Federal (CEF) foi assinado na manhã desta segunda-feira (08). Ele prevê carência de seis meses para começar a pagar as parcelas e redução das prestações passando dos atuais R$ 870 mil para R$ 635 mil. O parcelamento é de 120 meses.

A garantia são os recebíveis do Sistema Único de Saúde (SUS) e a saúde suplementar. A taxa passou dos atuais 1,1% ao mês para 1,3% ao mês. Segundo o superintendente da CEF, Marcelo Bomfim se fosse considerar o aumento da taxa selic o índice poderia chegar a 2,3%. Entretanto, conseguiram manter com diferença de 0,2% do contrato anterior.

“Essa negociação foi possível porque o hospital se manteve adimplente com a CEF e isso mostra que ele tem buscado uma melhoria na gestão”, afirmou o Bomfim.

O valor atual da dívida com a CEF é de R$ 36,6 milhões. Há dois anos e quatro meses, quando houve o parcelamento, o débito somava R$ 45 milhões. O contrato antigo previa 84 parcelas, das quais foram quitadas 28. No próximo dia 10 venceria mais uma. Mas, pelo acordo o hospital volta a pagar apenas em novembro deste ano.

“Houve a transferência de uma dívida sufocante para uma dívida administrável. A nossa luta não é em resolver o problema financeiro, que vai se equalizando, mas o problema assistencial. O hospital ganha prazo para encontrar mecanismos para adotar medidas de economia ou para aumentar a receita”, comentou o deputado federal, Jaime Martins (PSD).

Com uma folga mensal de R$ 870 mil em caixa pelos próximos seis meses, parte das demais dívidas com médicos e fornecedores deverá ser colocada em dia. Outro foco é ampliar a assistência.

“A missão não é gestão, ela é assistencial da casa”, enfatizou o diretor da Dictum, Áriston da Silva, acrescentando que ainda há uma dívida de R$ 120 milhões.

Tirando os R$ 36,6 milhões junto à CEF, o restante é referente a débitos como médicos e fornecedores.

“Nos últimos meses conseguimos reduzir a velocidade de crescimento desta dívida, do contrário ela estaria em mais de R$ 150 milhões”, explicou o diretor da Dictum.

Reunião

Hospital São João de Deus e Caixa Econômica Federal

O novo parcelamento é de 120 meses (Foto: Amanda Quintiliano)

Com o reparcelamento da dívida e parte dos débitos dos governos estadual e federal junto ao hospital quitada, agora a superintendência quer ampliar a área assistencial. Na próxima segunda-feira (15) será realizada uma reunião com o secretário de Estado de Planejamento, Helvécio Magalhães para discutir a abertura dos 20 leitos parados na unidade e o aumento do teto para coloca-lo em funcionamento.

A implantação da sala vermelha é outro ponto. Com a ampliação da assistência deverá haver a ampliação do repasse viabilizando a gestão. Outro ponto que deverá aumentar a receita do São João de Deus é o funcionamento do aparelho de radioterapia e do tomógrafo. O de radioterapia deverá render, livre, ao hospital, cerca de R$ 300 mil. Nos próximos dias técnicos do Ministério da Saúde deverão avalia-lo para liberar o funcionamento.

Já o tomógrafo deve começar a funcionar nos próximos 45 dias.