Poliany Mota

 

Saída da equipe com o órgão captado (Fotos: Divulgação/ HSJD)

Saída da equipe com o órgão captado (Fotos: Divulgação/ HSJD)

 O Hospital São João de Deus recebeu pela primeira vez, em cerca de dez anos, a doação de um pulmão. O órgão foi doado pela família de um paciente do sexo masculino, de 50 anos. Nesta quinta-feira (03) uma equipe de Belo Horizonte veio à cidade recolher o órgão, que será encaminhado para São Paulo.

 

“Hoje nós estamos fazendo a primeira captação de pulmão, que tem uma lista de pacientes muito grande no Brasil inteiro. Esse pulmão, como todos os outros órgãos, são ofertados numa lista nacional. Não sabemos para onde o órgão vai, especificamente sabemos que ele vai para São Paulo, mas para qual paciente e de que forma isso vai ser feito está fora do nosso conhecimento”, explicou a Dra. Ana Paula Israel, médica responsável técnica pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos, Tecidos e Transplantes (CIHDOTT).

 

 

Pulmão foi encaminhado para São Paulo

Pulmão foi encaminhado para São Paulo

Além do pulmão, foram doados o fígado, rins e córneas do paciente. “Veio uma equipe de Belo Horizonte para fazer a captação de fígado e rins. As córneas nós mesmo, aqui de Divinópolis, fazemos a captação e enviamos para Belo Horizonte”, contou a médica. Sobre a família do paciente, a Dra. Ana Paula relatou que ela estava extremamente empenhada na doação. “Eles estão cientes da importância desse ato de doar. E claro, já que vai doar, que seja o máximo possível de órgãos”.

 

A médica lembrou ainda que a captação de órgãos no hospital é realizada a mais de dez anos e ressaltou a importância da conscientização das famílias para a doação. “Com o passar dos anos, nós pudemos captar mais órgãos de mais pacientes. De rotina, hoje, a gente já faz córnea, rim, fígado e já tivemos algumas captações de coração aqui. Mas pulmão, até hoje nós não tínhamos tido a oportunidade de ter a captação”, “A fila para doação é gigantesca. Durante todo o ano muita gente morre aguardando um transplante. O empenho que temos em conseguir o maior número de doações é justamente para placar essa dificuldade, essa luta dos pacientes na fila de transplantes”.