Sem citar nomes ou impeachment ele afirmou que “os atentados ao estado de direto devem ser rejeitados”

O procurador geral do município, Wendel Santos usou a Tribuna Livre da Câmara de Divinópolis para defender o prefeito, Galileu Machado (MDB). Sem citar nomes ou impeachment ele afirmou que “os atentados ao Estado de Direto devem ser rejeitados”.

A Denúncia de Infração Política Administrativa – similar ao pedido de impeachment – foi protocolada na semana passada pelo vereador, Sargento Elton (Patriota). Ela deveria ser colocada em votação ainda nesta terça-feira (11), contudo haverá alteração para incluir o nome de outros parlamentares. Caberá ao plenário aceita-la ou rejeita-la.

Fazendo referência a um trecho da história do imperador alemão, Frederico II – o Grande, Santos abriu a fala dizendo que os vereadores são, em alguns casos, “juízes” e serão chamados a tomarem decisões.

“Qual a vontade deve prevalecer? A de um setor, concentrada nas mãos de alguns poucos, ou a do povo legitimamente exercida nas urnas?”, indagou.

O procurador ainda defendeu que as “decisões políticas tomadas pelo povo sejam respeitadas e preservadas de ataques”.

“Um mandato não pode ser tratado como se fosse uma folha ao vento, soprada de um canto ao outro ao sabor de quem assopra”, afirmou.

Ameaça a liberdade

Afirmou, sem citar nomes, que só é eleito aquele que consegue a maioria dos votos.

“Pois bem senhores vereadores […] lembrem-se que serão os juízes da causa, da causa do povo, do povo que elegeu o mandatário em questão”, defendeu, completando que os atentados ao Estado de Direito devem ser rejeitadas.

 “Se não forem combatidos, amanhã prestarão a tarefa de ameaçar a liberdade política de todos de cada um de nós”.

Sanha justiceira

Outra vez, sem citar denúncias, afirmou que estamos vivendo uma época da “sanha justiceira sem limites”.

Mencionando outra parte da história, desta vez dos Estados Unidos, disse que o momento atual lembra o conhecido “macarthismo”. Na década de 1950 houve uma campanha intensa anticomunista na América.

Segundo o procurador, uma época em que o denuncismo sem fundamentos destruía reputações.

“Certamente essa casa saberá distinguir a verdade da mentira, a coragem do medo e a justiça da injustiça”.

Ele finalizou dizendo que não podem permitir que a crise financeira se transforme em uma política.

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