O vereador de Divinópolis Marquinho Clementino (PROS) protocolou uma solicitação para realização de audiência pública para debater a implantação do Aterro Sanitário na região das comunidades rurais do Quilombo e Choro. A reunião ainda não tem data marcada e deverá ser agendada pelo presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, Edmilson Andrade (PT).
Este é o segundo ato mobilizado pelo vereador. O primeiro foi uma manifestação perto do local onde a empresa Viasolo pretende instalar o empreendimento. Os moradores da região temem danos ambientais, como a contaminação do solo. A maioria das famílias sobrevivem da agricultura familiar.
Uma audiência pública já foi realizada no mês passado pela Superintendência Regional de Regularização Ambiental (Supram). Após a reunião as famílias resolveram acionar o Ministério Público (MP) por meio de representação.
Nova audiência
Com esta nova audiência o vereador espera envolver mais a comunidade e também o próprio legislativo. Segundo ele, os parlamentares estavam de fora do processo por desconhecerem o interesse da empresa.
“A primeira audiência foi feita num local inadequado e não foi provocada pelo legislativo e nem pela população. No formato daquela audiência, quase ninguém ficou sabendo”, argumenta.
Marquinho defende a instalação de um aterro sanitário na cidade. Mas, afirma que o local escolhido pela empresa é inadequado.
“Também acho errado a cidade receber lixos de outras cidades e com essa construção a Viasolo pode sair na frente na licitação por já ter o espaço e aproveitar para cobrar mais caro do município pela coleta gerando prejuízo”, justifica.
Desta vez o Ministério Público, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, a Polícia Militar de Meio Ambiente e até o bispo Dom José Carlos serão convidados a participarem, além da comunidade e da empresa.
“Teremos de fato uma audiência com o envolvimento”, finaliza.
Outra audiência pública será realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O pedido foi feito pelo deputado Fabiano Tolentino (PPS). A data ainda não foi marcada.